Governo e bancos fecham acordo para novo Consignado privado

O governo federal e os bancos chegaram a um acordo sobre o novo modelo de crédito Consignado privado

A expectativa é que a Medida Provisória (MP) que regulamenta a mudança seja publicada em março, permitindo que trabalhadores do setor privado com carteira assinada acessem empréstimos com desconto em folha diretamente pela CTPS Digital e, posteriormente, pelos aplicativos dos bancos.

Saiba como o novo modelo de Consignado privado permitirá empréstimos sem convênio com empresas e com taxas mais acessíveis para os trabalhadores.

Taxas de juros devem cair

Atualmente, o Consignado privado tem uma taxa média de juros de 2,89% ao mês, enquanto o crédito pessoal sem garantias pode chegar a 6,09%. O novo modelo promete reduzir essas taxas, tornando o crédito mais acessível.

Apesar da expectativa de juros mais baixos, o novo Consignado privado não terá um teto, como ocorre no consignado público para servidores e aposentados do INSS, que conta com um limite de 1,80% ao mês. 

O mercado financeiro prevê que a concorrência entre os bancos será o principal fator para definir as taxas praticadas.

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Como o novo Consignado privado funcionará

A nova modalidade permitirá que qualquer trabalhador do setor privado com carteira assinada que atenda aos novos requisitos solicite um Empréstimo consignado em qualquer banco, sem depender de convênios entre empregadores e instituições financeiras.

Além disso, será possível usar o novo crédito para trocar dívidas mais caras por contratos mais vantajosos

Esse processo será facilitado pelos bancos, que terão acesso a informações financeiras do trabalhador por meio do eSocial, como histórico de crédito e margem consignável disponível.

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Quem poderá contratar o novo Consignado privado?

Todos os trabalhadores com vínculo formal de emprego sob o regime CLT e que atendem aos novos requisitos poderão solicitar o crédito.
O público desse tipo de empréstimo consignado deverá ter vínculo ativo e ter recebido salário no período em análise.
Até o momento, espera-se que não seja necessário apresentar garantias como o Fundo de Garantia de Tempo e Serviço (FGTS), mas os bancos poderão analisar fatores como tempo de serviço na empresa e situação da empregadora antes de conceder o crédito.

Bancos esperam menor inadimplência

Para o setor financeiro, a mudança representa um modelo mais seguro, já que o desconto em folha reduz o risco de inadimplência. 

Embora os juros sejam mais baixos, os bancos acreditam que a maior qualidade da carteira de crédito compensará a menor rentabilidade das operações.

Além disso, a possibilidade de renegociar dívidas dentro do novo sistema pode estimular o crescimento do mercado de crédito Consignado privado, que hoje movimenta cerca de R$ 40 bilhões, mas pode superar os R$ 700 bilhões até 2030.

Com juros mais baixos e acesso facilitado, a reformulação do Consignado privado deve beneficiar milhões de brasileiros, enquanto fortalece a segurança dos bancos. 

O novo modelo também pode impulsionar a economia ao oferecer melhores condições de crédito e reduzir o endividamento de trabalhadores do setor privado.

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