Especialista em ‘golpe do Pix’ apresentava comprovantes falsos para dar calote de R$ 400 mil em 23 empresas, diz polícia


Mateus Prado Ortiz foi preso preventivamente no Paraná. Delegado afirma que vítimas só percebiam prejuízo ao fazer balanço mensal de contas. Defesa do jovem disse que se manifestará posteriormente. Último golpe ocorreu em Ponta Grossa, onde Mateus causou um prejuízo de mais de R$ 10 mil na compra de pneus
Polícia Civil
Mateus Prado Ortiz, jovem de 26 anos que foi preso preventivamente após ser denunciado em 23 boletins de ocorrência por aplicar golpes do “falso Pix” em diversas cidades do Paraná, usava comprovantes falsos de pagamento para dar calote em empresas, segundo a Polícia Civil. Veja um exemplo acima.
As investigações apontam que as vítimas só percebiam o golpe ao fazer o balanço mensal de contas e verificar as movimentações das próprias contas.
Segundo o delegado Gabriel Munhoz, responsável pelo caso, os prejuízos causados pelo jovem ultrapassam R$ 400 mil.
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“Esse homem basicamente utilizava do mesmo modus operandi, ou seja, ele entrava em contato com pequenos e médios comerciantes, principalmente relacionados à venda de ferramentas ou pneus, e enviava Pix falso a esse lojista. Acreditando tratar-se que, de fato, aquela transferência tinha sido realizada, o lojista proporcionava a entrega dos bens a esse golpista, que normalmente enviava motorista do aplicativo ou ia buscar esses produtos”, detalha o delegado.
Mateus Prado Ortiz acumula 23 boletins de ocorrência por aplicar golpes do falso pix
Reprodução/Redes sociais
O delegado também afirma que o jovem aplicou golpes relacionados a automóveis e à compra de produtos em mercados, lojas de roupas e em outros estabelecimentos – sempre com a mesma técnica.
Um dos últimos alvos foi uma loja de máquinas agrícolas de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que relatou que Mateus negociou a compra de pneus no valor de R$ 10.137 e apresentou comprovante falso do Pix no pagamento.
Em outro caso, o jovem morou com a mãe em um hotel por sete meses sem pagar.
“Ele literalmente vivia de golpes, sem qualquer vergonha ou receio”, afirma Munhoz.
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Conforme o delegado Gabriel Munhoz, pelo menos 23 golpes foram aplicados em Ponta Grossa, Irati, Castro, São Mateus do Sul, Piraí do Sul e em Curitiba, entre 2022 e janeiro de 2025.
Atualmente, Mateus responde a diversas ações penais em diferentes comarcas do estado, incluindo processos por estelionato e crimes contra o patrimônio.
Em nota, a advogada Micheli Toporowicz, que atua na defesa dele, disse que só vai se manifestar sobre o caso depois que tiver acesso integral a todos os autos.
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Preso enquanto tentava aplicar outro golpe, segundo polícia
Especialista em ‘golpe do Pix’ é preso no Paraná após ser denunciado em 23 boletins
O jovem chegou a ser preso em julho de 2024, mas foi solto em setembro do mesmo ano. Na segunda-feira (10), foi detido preventivamente em São Mateus do Sul, no sul do Paraná.
Ele foi localizado enquanto tentava aplicar um golpe ao comprar carne em um açougue da cidade, segundo o delegado.
Munhoz explica que, considerando a situação e os demais boletins contra Mateus, entende as ações dele como “reiteração criminosa e um risco à ordem econômica”.
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