Florianópolis tem a 2ª cesta básica mais cara do Brasil pelo 6º mês seguido; confira o ranking

O valor da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais analisadas na pesquisa do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em novembro, Florianópolis ficou na segunda posição das capitais com cesta básica mais cara do Brasil, com o valor total chegando a quase R$ 800.

Florianópolis tem a segunda cesta básica mais cara do Brasil em novembro, aponta pesquisa. Na imagem, um carrinho de supermercado com compras

Florianópolis teve a segunda cesta básica mais cara do Brasil em novembro, aponta pesquisa – Foto: Reprodução/ND

Entre outubro e novembro de 2024, as maiores altas ocorreram em Recife (5,47%), Goiânia (4,64%), Brasília (4,39%) e João Pessoa (4,30%). Nos 11 meses de 2024, todas as capitais tiveram elevação nos preços médios, com variações entre 1,85%, em Porto Alegre, e 10,72%, em Campo Grande.

Florianópolis tem a segunda cesta básica mais cara do Brasil; veja ranking

  1. São Paulo: R$ 828,39 a cesta básica, com alta de 2,80% em comparação com o mês anterior;
  2. Florianópolis: R$ 799,62, com alta de 0,34%;
  3. Porto Alegre: R$ 780,71, com alta de 0,83%;
  4. Rio de Janeiro: R$ 777,66, com alta de 0,51%;
  5. Campo Grande: R$ 772,45, com alta de 2,85%;
  6. Brasília: R$ 742,25, com alta de  4,39%;
  7. Curitiba: R$ 739,40, com alta de 1,76%;
  8. Goiânia: R$ 727,65, com alta de 4,64%;
  9. Vitória: R$ 726,51, com alta de 2,61%;
  10. Belo Horizonte: R$ 686,90, com alta de 1,30%.

Preço dos produtos crescem em quase todas as capitais

Óleo de soja

Entre outubro e novembro, o valor do óleo de soja no varejo subiu em todas as capitais. As altas variaram entre 4,61%, em Florianópolis, e 18,97%, em Aracaju.

Óleo de soja em prateleira de mercado

Óleo de soja teve alta de 4,61% em Florianópolis, que possui a segunda cesta básica mais cara do Brasil – Foto: Reprodução/ND

Em 12 meses, foram registrados aumentos em todas as cidades, com destaque para as variações em Belo Horizonte (41,95%), Campo Grande (39,81%), Rio de Janeiro (36,80%), Goiânia (36,11%) e Aracaju (35,29%).

Café em pó

O preço do quilo do café em pó aumentou em 14 das 17 capitais entre outubro e novembro. As variações negativas ocorreram em Natal (-0,35%), Aracaju (-0,15%) e Rio de Janeiro (-0,14%).

Café em pó na prateleira de supermercado

Preço do café em pó aumentou em 14 das 17 capitais entre outubro e novembro – Foto: Beatriz Rohde/ND

As altas oscilaram entre 0,35%, em Fortaleza, e 5,16%, em Belém. Em 12 meses, todas as cidades apresentaram elevação, com destaque para Belo Horizonte (68,88%), Brasília (55,50%) e Campo Grande(52,28%).

Batata

O valor do quilo da batata subiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul, com variações entre 0,56%, em Porto Alegre, e 17,27%, em Campo Grande. A redução foi registrada em Belo Horizonte (-3,30%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço.

Saco de batatas em tábua de madeira

Quilo da batata subiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul – Foto: Freepik/Reprodução

Tomate

O preço do quilo do tomate subiu em 12 cidades. As altas variaram entre 0,40%, em Belém, e 26,90%, em Recife. As reduções mais significativas foram registradas em Florianópolis (-18,37%) e no Rio de Janeiro(-12,68%).

Tomates

Florianópolis teve redução de 18,37% no preço do tomate – Foto: Canva/Divulgação/ND

Em 12 meses, o preço do fruto apresentou queda em todas as capitais, com taxas que oscilaram entre -37,57%, em Florianópolis, e -12,83%, em Natal.

Banana

O valor médio da dúzia da banana, que representa a média do tipo prata e nanica, diminuiu em 16 cidades, devido ao calor, que maturou o fruto e aumentou a oferta.

Cacho de bananas

Preço médio do quilo da banana diminuiu em 16 cidades – Foto: Reprodução/ND

As diminuições mais importantes foram observadas em Campo Grande (-13,21%), Salvador (-9,69%) e Florianópolis (-8,29%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram taxas positivas, com destaque para Salvador (25,56%), Aracaju (23,87%) e Porto Alegre(20,56%).

Feijão

O feijão apresentou retração no preço do quilo em 12 capitais em novembro. O tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou alta em Florianópolis (2,85%) e Porto Alegre (1,65%) e redução no Rio de Janeiro (-1,42%), em Vitória (-1,41%) e Curitiba (-1,15%).

Grãos de feijão preto

Feijão preto teve alta de 2,85% em Florianópolis no mês de novembro – Foto: Aires Mariga/Epagri/ND

Em 12 meses, houve aumento em todas as cidades. As maiores altas acumuladas foram observadas em Florianópolis (17,80%) e em Vitória (16,00%). De outubro para novembro, o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou aumento de preço em Belém (1,25%) e São Paulo (0,60%) e não variou em Aracaju.

Pesquisa estima salário mínimo ideal

Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em novembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.959,31, equivalente a 4,93 vezes o valor atual, de R$ 1.412,00.

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