PM acusado de matar homem durante o carnaval em Paraibuna vai a júri popular nesta quarta-feira (11)


Felipe Nunes dos Santos será julgado nesta quarta (11), após ser acusado pela morte de Thiago Batan, de 27 anos. A ação aconteceu no dia 11 de fevereiro deste ano. PM é preso acusado de matar homem durante carnaval em Paraibuna, SP
A Justiça determinou que o júri popular do policial militar Felipe Nunes dos Santos, acusado de matar um morador de Paraibuna durante o Carnaval deste ano, seja realizado nesta semana na cidade. O júri foi marcado para ter início na próxima quarta-feira (11), no período da manhã.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
Felipe teve a prisão decretada em abril deste ano, pouco mais de dois meses após o episódio que terminou com a morte de Tiago Henrique de Oliveira Batan, de 27 anos. Durante a abordagem, o policial agrediu o rapaz com um cassetete, antes de disparar contra a vítima.
Toda a ação foi flagrada por câmeras de segurança da Prefeitura de Paraibuna no dia 11 de fevereiro deste ano – veja vídeo acima.
Após ser agredido, o homem revidou e eles entraram em luta corporal. Durante a briga, o policial militar sacou a arma e atirou contra Tiago. Ele caiu e morreu no local.
A reportagem tenta contato com os advogados de defesa de Felipe Nunes e da família de Thiago Batan. A matéria será atualizada assim que as partes se manifestarem.
Tiago foi morar ainda criança em Paraibuna e trabalhava na montagem e desmontagem de barracas na feira da cidade. Na época do ocorrido, a família destacou que Tiago era uma pessoa alegre, querida e trabalhadora, que fazia falta principalmente para a mãe e a irmã, já que ajudava a cuidar dos sobrinhos e no sustento da casa.
Tiago Henrique de Oliveira Batan foi morto por um policial durante o carnaval de 2024.
Arquivo pessoal
Prisão
De acordo com o juiz que determinou a prisão de Felipe, existe grande discrepância entre o depoimento do policial, que alegou ter disparado acidentalmente, e o que mostram as imagens das câmeras de segurança. Esse foi o motivo da determinação da prisão preventiva.
Por meio de nota à época, a Corregedoria Pública informou que “lamenta profundamente o ocorrido e informa que prendeu o policial envolvido no caso. Assim que a ocorrência foi registrada, em fevereiro, o PM foi afastado e instaurou-se um inquérito policial militar para apurar os fatos. O IPM foi relatado à Justiça, com o indiciamento do agente por homicídio”.
Ainda segundo a Corregedoria, “paralelamente ao processo criminal, o policial responde a um processo administrativo, que poderá resultar na sua expulsão das fileiras da Corporação. A PM reforça seu compromisso com a preservação da vida e o absoluto respeito às leis. A Instituição não compactua com desvios de conduta e excessos, investigando e punindo com rigor todos os atos dessa natureza”.
Tiago Henrique de Oliveira Batan foi morto por um policial durante o carnaval de 2024.
Arquivo pessoa/g1
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
Adicionar aos favoritos o Link permanente.