Câmeras de segurança ajudaram a identificar dupla que matou sargento da Polícia Militar; prisão foi feita em menos de 24h

Em menos de 24 horas, o latrocínio cometido contra o sargento da Polícia Militar, Wemilsom Silva, 50 anos foi elucidado pela Polícia Civil da Paraíba, através da obtenção de imagens de câmeras de segurança. O PM foi assassinado na noite de sexta-feira (7), após sair de um bar no município de Montadas. Ele se dirigia ao vizinho município de Puxinanã, em uma moto, quando foi surpreendido por dois criminosos que anunciaram o roubo e atiraram contra o policial. O sargento estava acompanhado de uma mulher, que não saiu ferida.

Ao tomar conhecimento do fato, as equipes do GTE/Homicídios da Polícia Civil em Esperança iniciaram as investigações e logo identificaram a moto utilizada pelos criminosos. Características dos assaltantes também foram anotadas pelos policiais civis e militares que realizaram coletas de imagens em circuitos de câmeras de segurança.

Essas informações coletadas possibilitaram a identificação do primeiro envolvido no crime, um homem conhecido por ‘Japa’, que já havia sido preso duas vezes pela Polícia Civil em Pocinhos.

“Nossas equipes, então, foram até a residência desse primeiro identificado, ainda pela madrugada, para monitorá-lo, mas depois soubemos que ele não estava no imóvel. Continuamos as diligências e logo obtivemos informações do segundo envolvido, que é um adolescente de 17 anos de idade”, detalhou o delegado seccional Danilo Orengo.

Os policiais do GTE/Homicídios foram até a casa desse adolescente, no sábado, mas ele também não estava no local. “Conversamos com a mãe dele. Ela estava bastante nervosa, disse já ter conhecimento de que o filho estava envolvido em alguma coisa errada e reconheceu o jovem nas imagens que captamos durante as investigações. Era o adolescente quem pilotava a moto utilizada no crime”, acrescentou Orengo. Os pais do rapaz foram até a delegacia formalizar o depoimento.

Ainda no transcurso das diligências, os policiais civis souberam de um galpão que os alvos investigados costumavam frequentar. Lá, os investigadores apreenderam duas motocicletas, sendo uma delas a utilizada no crime contra o sargento. Um revólver calibre 38 também foi apreendido no local.

“Tanto o Japa quanto o adolescente haviam saído desse galpão cerca de um hora antes da nossa chegada, por isso que eles não foram encontrados em suas casas. Já tínhamos, então, a identificação de dois suspeitos do crime, a moto utilizada no latrocínio e a arma que também pode ter sido a usada para matar Wemilsom. Estávamos, pois, robustecendo a materialidade do delito, sem a qual qualquer prisão não seria possível”, reforçou o delegado.

Na delegacia, os dois investigados – o adolescente e o ‘Japa’ – acompanhados de seus parentes e advogados, confessaram o crime que tirou a vida do policial militar Wemilsom Silva. O adolescente responderá pelos atos infracionais semelhantes a latrocínio e associação criminosa, e ‘Japa’ – autor do disparo contra o policial militar – foi autuado pelo crime de latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores.

Após análises feitas pelo CICC e a Unintelpol/PCPB, a Polícia Civil fez contato com a Polícia Rodoviária Federal para abordar os suspeitos na BR-230, à altura do município de Ingá. A PRF e a PM montaram barreiras e capturaram os alvos identificados pela Polícia Civil.

A investigação é do Grupo Tático Especial (GTE) da 12ª Delegacia Seccional de Polícia Civil e contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Centro de Comando e Controle (CICC) e da Unintelpol/PCPB.

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