Caixa aumenta juros de crédito imobiliário pela segunda vez em 2 meses

A Caixa Econômica Federal elevou as taxas de juros para novos financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)

O reajuste, em vigor desde 2 de janeiro, varia de 1 a 2 pontos percentuais e foi motivado pela alta da Taxa Selic e pela crescente retirada de recursos da caderneta de poupança.

Entenda o impacto do aumento das taxas de juros da Caixa para financiamentos de imóveis e saiba quais contratos foram afetados.

Contexto do aumento

O banco público ajustou os juros das linhas corrigidas pela Taxa Referencial (TR) para um patamar entre TR mais 10,99% a 12% ao ano, enquanto anteriormente, os valores variavam de TR mais 8,99% a 9,99% ao ano. 

Já nas linhas de crédito atreladas à poupança, os juros subiram para remuneração da poupança mais 4,12% a 5,06% ao ano, em comparação com a faixa anterior, de 3,1% a 3,99%.

Segundo nota oficial, a Caixa destacou que suas taxas são estabelecidas considerando fatores econômicos e mercadológicos, alinhados às condições de crédito e às diretrizes prudenciais.

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Impacto para a classe média e motivos por trás da alta

O aumento das taxas de juros dos financiamentos imobiliários para a classe média reflete um cenário econômico desafiador. 

A elevação está diretamente ligada ao aumento da Taxa Selic, que encarece o crédito, e à redução de recursos da poupança, que registrou meses consecutivos de saques líquidos. 

Com a escassez de fundos e a busca crescente por linhas de crédito mais atrativas, como as oferecidas pela Caixa, o banco foi pressionado a ajustar suas taxas para equilibrar a demanda e as condições de mercado.

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Para a classe média, que utiliza as linhas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), isso significa financiamentos com juros que chegam a 12% ao ano, tornando as parcelas mais altas e exigindo um planejamento financeiro mais rigoroso. 

Embora as mudanças preservem os programas habitacionais populares, como o Minha Casa, Minha Vida, as condições mais rígidas afetam o acesso ao crédito para imóveis de maior valor, limitando as possibilidades de compra.

Outras mudanças recentes

Além do reajuste, a Caixa havia alterado em novembro de 2024 o percentual de entrada para financiamentos, aumentando de 20% para 30%. 

Também criou linhas de crédito atreladas ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), indexado à Selic, ampliando as opções de financiamento, mas com custos mais elevados.

Perspectiva do mercado

Com a Caixa responsável por 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil, as mudanças refletem a busca do banco por manter a sustentabilidade de suas operações em um cenário econômico desafiador, marcado por juros altos e recursos limitados.

A expectativa agora se volta para as próximas medidas do mercado, já que o aumento dos custos de crédito pode impactar a demanda por novos financiamentos e o setor imobiliário de forma geral.

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Por outro lado, programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida continuam com condições diferenciadas. 

É importante que os consumidores acompanhem as mudanças e avaliem suas opções antes de contratar um financiamento, considerando alternativas de crédito e suas finanças pessoais para não comprometer o orçamento familiar.

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