FIIs em queda: Reavaliações abalam o mercado imobiliário

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Os Fundos Imobiliários (FIIs) desempenham um papel vital no mercado de investimentos, especialmente em momentos de volatilidade econômica. Em 2024, o IFIX, índice que mede a performance dos FIIs mais negociados na B3, registrou uma queda aproximada de 5,65%. Essa redução de valor é um reflexo de várias reavaliações de valores justos de imóveis subjacentes, que impactaram diferentes fundos de tijolo.

Os FIIs de tijolo, que investem diretamente em imóveis físicos, enfrentaram desafios específicos durante o ano. Em particular, houve várias revisões negativas no valor justo de seus imóveis, algo que assustou alguns investidores. Vamos explorar quais fundos foram afetados e as razões subjacentes a essas reavaliações.

Quais fundos imobiliários enfrentaram depreciação em seus ativos?

Vários FIIs do tipo tijolo anunciaram reduções substanciais nos valores justos de seus imóveis no final de 2024. Um exemplo é o Floripa Shopping (FLRP11), cujo valor justo foi reduzido em 6,59%, causando uma diminuição de 6,25% no valor patrimonial de suas cotas. Esse cenário foi confirmado por uma avaliação independente realizada pela Cushman & Wakefield.

Outro fundo que sofreu uma redução no valor justo foi o BB Renda Corporativa (BBRC11), que perdeu 7,01%. A avaliação foi conduzida pela CBRE Consultoria do Brasil, mostrando uma diferença significativa entre o valor contábil e o valor de mercado dos ativos.

Ainda entre os fundos que enfrentaram desvalorização, está o General Shopping (FIGS11), que reportou uma redução semelhante de 6,59% no valor de seus empreendimentos. Além disso, o Green Towers (GTWR11) e o Hedge Brasil Shopping (HGBS11) também comunicaram quedas nos valores de seus imóveis, em 2,06% e 2,11%, respectivamente.

Como as reavaliações impactam os investidores?

Essas desvalorizações nos valores justos têm um efeito direto sobre o valor das cotas dos fundos e, portanto, no patrimônio dos investidores. No entanto, é crucial lembrar que a principal característica dos FIIs é a distribuição de renda mensalmente via dividendos. Assim, embora haja flutuações no curto prazo, muitos investidores permanecem focados no rendimento passivo consistentemente gerado pelos FIIs.

fundos imobiliários
Créditos: depositphotos.com / torianime

Os dados mostram que, apesar das quedas observadas atualmente, alguns fundos tiveram desempenho relativamente positivo ao longo dos últimos dois anos. Por exemplo, o FII FLRP11 proporcionou um retorno atrativo quando considerados os dividendos reinvestidos.

Quais FIIs performaram melhor que o IFIX nos últimos dois anos?

No contexto de longo prazo, a análise ajustada para dividendos mostra que nem todos os FIIs foram superados pelo IFIX. Entre os mencionados, o FLRP11 destacou-se com o melhor desempenho, registrando um retorno de R$ 1.402,10 para um investimento hipotético de R$ 1.000, considerando reinvestimento de dividendos. Isso ilustra como os FIIs, mesmo em tempos de reavaliação negativa, podem gerar rendimentos superiores para os investidores pacientes.

Na sequência, HGBS11, FIGS11 e GTWR11 também apresentaram retornos superiores ao investimento inicial quando considerados dividendos. Esse cenário demonstra que os FIIs, apesar das oscilações no valor de suas cotas, continuam a ser uma escolha relevante para os investidores que buscam renda passiva.

O que esperar do mercado de FIIs em 2025?

O ano de 2025 apresenta potencial para uma recuperação nos preços dos FIIs, à medida que as condições econômicas evoluem. Analistas do mercado aconselham a observação das estratégias de gestão dos fundos e das tendências econômicas, que podem influenciar o valor dos ativos imobiliários ao longo do tempo. O foco no incremento dos dividendos pode continuar sendo um atrativo constante para os investidores.

O comportamento do mercado em relação aos fundos imobiliários está sujeito a diversos fatores macroeconômicos e microeconômicos, tornando vital uma gestão cautelosa dos portfolios e das expectativas dos investidores. Portanto, quem investe em FIIs deve manter uma perspectiva de longo prazo, equilibrando valor de cota e rendimento mensal para maximizar ganhos.

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