Boituva: Queda de balão em SP deixou mulher morta; piloto foi preso após acidente

O acidente com um balão de ar quente em Capela do Alto (SP), ocorrido na manhã de domingo (15), revelou uma grave falha no controle de voos turísticos na região. A queda da aeronave, que transportava 33 pessoas, terminou com a morte de uma jovem de 26 anos e ao menos 11 passageiros feridos. O balão havia partido de Boituva, cidade vizinha e reconhecida por sediar eventos oficiais de balonismo. Segundo a Polícia Militar, a queda aconteceu após duas colisões bruscas contra o solo, que lançaram ao menos quatro pessoas para fora da cesta.

Pontos Principais:

  • Balão caiu em Capela do Alto com 33 pessoas e deixou uma jovem morta.
  • Piloto foi preso por homicídio culposo e voo com documentação irregular.
  • Acidente ocorreu fora do evento oficial de balonismo em Boituva.
  • Empresa já havia sido interditada e operava clandestinamente.
  • Clima instável cancelou voos oficiais; voo irregular prosseguiu mesmo assim.

O piloto foi preso em flagrante, acusado de homicídio culposo e por operar balão de forma clandestina. A polícia informou que ele tinha apenas autorização para voos particulares e estava com documentação irregular. A atividade era realizada por uma empresa que, segundo a Confederação Brasileira de Balonismo, já havia sido interditada pela prefeitura em ocasiões anteriores. Mesmo assim, a operação do voo foi retomada clandestinamente.

O balão decolou de Boituva com 33 pessoas e caiu após duas colisões no solo. A jovem de 26 anos morreu no impacto. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
O balão decolou de Boituva com 33 pessoas e caiu após duas colisões no solo. A jovem de 26 anos morreu no impacto. Outras 11 pessoas ficaram feridas.

Moradores da zona rural registraram em vídeo o momento em que o balão sobrevoava a baixa altitude, pouco antes de cair em uma área aberta do bairro Distrito do Porto. O impacto deixou marcas visíveis no terreno e desencadeou uma mobilização urgente de socorro, com vítimas levadas ao pronto-socorro de Capela do Alto e a um hospital em Sorocaba. Técnicos da perícia e do Seripa foram acionados para investigar as causas do acidente.

A tragédia ocorreu no mesmo fim de semana em que um campeonato de balonismo reunia atletas credenciados em Boituva. De acordo com a organização do evento, o balão envolvido no acidente não fazia parte da competição. Por conta do clima instável, os voos oficiais foram cancelados ainda na manhã de domingo. A confederação reforçou que o equipamento acidentado não pertence a nenhum piloto profissional da entidade.

O episódio reacende o debate sobre a fiscalização e a segurança das atividades de balonismo na região, frequentemente procurada por turistas. Com a popularização de voos recreativos, empresas irregulares vêm se aproveitando da demanda para operar fora das normas estabelecidas. Em Boituva, onde a prática é tradição, os voos precisam seguir protocolos técnicos rigorosos, o que não ocorreu neste caso.

A polícia segue tentando identificar formalmente os responsáveis pela empresa dona do balão. Até o momento, não há confirmação oficial de que ela esteja devidamente registrada para a atividade comercial. Testemunhas relataram à polícia que o piloto demonstrava dificuldades para manter o balão em altitude segura, o que contribuiu para os choques com o solo.

O caso também chama a atenção para o impacto emocional nos familiares e nas vítimas que sobreviveram. A jovem morta havia embarcado no passeio como parte de uma comemoração pessoal, e sua família exige explicações. A investigação corre em paralelo com a atuação da confederação, que tenta preservar a imagem do balonismo profissional diante do risco crescente causado por operadores clandestinos.

Fonte: G1 e CNN.

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