Irã tem efetivo militar maior, mas Israel tem superioridade aérea

A escalada do conflito entre Irã e Israel coloca frente a frente duas das maiores potências bélicas do Oriente Médio. Os iranianos têm o 8º maior efetivo militar e a 3ª maior artilharia de foguetes do mundo, enquanto os israelenses contam com um avançado sistema de defesa antiaérea e caças de última geração.

Como os 2 países estão separados por mais de 1.000 km, os ataques devem se concentrar no espaço aéreo. Israel realizou o 1º bombardeio na noite de 5ª feira (12.jun) –madrugada de 6ª feira (13.jun) no horário local–, matando 78 pessoas na capital iraniana Teerã e arredores. A resposta do Irã deixou 3 israelenses mortos.

A 1ª onda de ataque israelense envolveu cerca de 200 caças norte-americanos F-16 e F-35. O país afirma que nenhum avião foi perdido. Segundo dados do site Global Fire Power, Israel tem aproximadamente 240 jatos de combate, incluindo ainda o modelo F-15, também de fabricação norte-americana.

Os caças iranianos são mais antigos e a frota é menor. O país persa tem 188 jatos militares, com destaque para o F-14, dos EUA, e o MiG-29, da antiga União Soviética. O F-14 já saiu de linha. Apesar disso, a Força Aérea do Irã afirma ter abatido um moderno F-35 israelense, que tem tecnologia furtiva.

Eis a comparação da capacidade de guerra aérea o poderio militar total das duas nações em guerra no Oriente Médio:

Se Israel aparenta ter vantagem no domínio aéreo, o Irã mostra força superior em terra. O país tem cerca de 610 mil militares na ativa, além de 220 mil paramilitares ligados à Guarda Revolucionária, braço de elite das Forças Armadas. O contingente total chega a aproximadamente 830 mil combatentes.

Israel, com pouco mais de 10% da população iraniana, mantém 170 mil militares ativos e 35.000 paramilitares. Também tem menos tanques de guerra: 1.300 contra 1.700 do Irã.

Um dado mais difícil de medir é a quantidade de mísseis balísticos, peça central no arsenal de ambos os países. Estimativas dos EUA indicam que o Irã tenha cerca de 3.000 artefatos, embora o número possa estar defasado. O total de mísseis israelenses é desconhecido.

O diferencial de Israel está no seu sofisticado sistema de defesa antiaérea. O Iron Dome (“Domo de Ferro”, em português) promete interceptar até 90% dos foguetes lançados contra o país. Em operação desde 2011, o sistema foi ativado durante o contra-ataque iraniano da noite de 6ª feira (13.jun), quando Teerã lançou cerca de 150 mísseis.

Israel também dispõe de sistemas auxiliares capazes de detectar e neutralizar mísseis, ogivas e aeronaves tanto no mar quanto acima da atmosfera.

O Irã, por sua vez, conta com um sistema de defesa aérea desenvolvido internamente, apresentado em 2016, além do S-300, de fabricação russa (ainda na era soviética).

Há sempre o receio de uma escalada nuclear, embora a ameaça imediata seja considerada pequena. Segundo o Sipro (Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo), Israel detém cerca de 90 ogivas nucleares, que não estão ativas.

O país é uma das 9 potências nucleares reconhecidas no mundo. O Irã, oficialmente, não tem armas nucleares desenvolvidas, mas autoridades israelenses alegam que a teocracia islâmica já tem urânio enriquecido suficiente para produzir ao menos 9 ogivas.

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