Irã classifica ataque israelense como “declaração de guerra”

O Irã descreveu o ataque aéreo israelense durante a noite desta 5ª feira (12.jun.2025) contra suas instalações militares e nucleares como uma “declaração de guerra”.

A frase foi dita pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi. Ele enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta 6ª feira (13.jun) pedindo intervenção imediata sobre o caso e uma reunião de emergência.

O Exército de Israel bombardeou dezenas de alvos no território iraniano, incluindo na capital Teerã. Em resposta, o Irã lançou mais de 100 drones na direção de Israel.

O ataque acontece em um cenário de tensão crescente entre os dois Estados. Israel alega que o Irã está em fase avançada de desenvolvimento de armamento nuclear. Um representante israelense afirmou que o país persa já possui quantidade suficiente de urânio para fabricar bombas.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel enfrentará “um destino amargo e doloroso” como consequência da ofensiva.

O porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiarem a operação de Israel durante pronunciamento na televisão estatal. Segundo ele, tanto os norte-americanos quanto os israelenses arcarão com alto preço pelos bombardeios.

Os EUA negaram participação direta na ação militar. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Rubio confirmou que Washington foi informada sobre a operação, mas não teve envolvimento direto, e solicitou que o Irã não realize ataques contra os EUA.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em um pronunciamento nesta 5ª que a usina de Natanz, considerada centro do programa iraniano de enriquecimento de urânio, foi o principal alvo da operação. Netanyahu disse que cientistas envolvidos no programa nuclear também foram alvejados durante os bombardeios.

“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, afirmou Netanyahu. O primeiro-ministro disse que as operações continuarão  “enquanto for necessário” para neutralizar o que descreveu como “ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.


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