Greve de ônibus SP poderá acontecer na sexta (13/06); entenda o motivo

Motoristas e funcionários do transporte coletivo da cidade de São Paulo anunciaram que poderão atrasar em até duas horas a saída dos ônibus das garagens na sexta-feira, 13 de junho. A medida, segundo o sindicato que representa a categoria, é uma resposta direta ao cancelamento inesperado de uma reunião marcada para discutir a campanha salarial de 2025. O encontro ocorreria na quarta-feira (11), mas as empresas, representadas pelo sindicato patronal SPUrbanuss, teriam recuado sem justificar a decisão.

Pontos Principais:

  • Sindicato ameaça atrasar saída de ônibus entre 3h e 5h nesta sexta-feira (13).
  • Motivo é o cancelamento de reunião da campanha salarial sem justificativa.
  • Categoria pede reajuste pelo INPC, aumento real, melhorias e ticket nas férias.
  • Greve geral não está descartada caso não haja proposta até o fim de semana.

Segundo Nailton Francisco, diretor de comunicação do sindicato dos trabalhadores, o protesto tem início previsto entre 3h e 5h da manhã, justamente no horário de liberação dos coletivos para o início das operações. O objetivo é pressionar os empregadores e a prefeitura a retomarem as negociações e apresentarem uma proposta concreta sobre salários, benefícios e condições de trabalho.

O sindicato prevê atraso de até duas horas na saída dos ônibus das garagens, afetando o funcionamento do transporte coletivo entre 3h e 5h.
O sindicato prevê atraso de até duas horas na saída dos ônibus das garagens, afetando o funcionamento do transporte coletivo entre 3h e 5h.

Além do atraso na saída das garagens, estão programadas assembleias nos setores de manutenção, entre 10h e 12h, e manifestações nos terminais urbanos no mesmo horário. As ações devem envolver tanto as empresas que operam linhas estruturais, com ônibus de maior porte, quanto as operadoras locais, incluindo ex-cooperativas. A insatisfação é generalizada, segundo o sindicato, e a tensão aumentou após a ausência de propostas econômicas até o momento.

Entre as principais reivindicações estão o reconhecimento da data-base em 1º de maio, reajuste salarial e de benefícios com base no INPC e aumento real de 5%. Os trabalhadores pedem ainda revisão das perdas acumuladas há mais de uma década, concessão de ticket nas férias sem desconto, incorporação de abono de R$ 270, inclusão de mais um dependente no plano de saúde e a criação de um plano de cargos e salários para o setor de manutenção.

O sindicato também exige resposta às pautas específicas relacionadas a mulheres, saúde e segurança no ambiente de trabalho. Para pressionar por avanços, a entidade solicitou uma reunião de urgência com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e com o prefeito Ricardo Nunes. A categoria considera que o diálogo com a prefeitura é essencial para evitar o agravamento da crise.

A direção sindical já sinalizou que, caso nenhuma proposta concreta seja apresentada até o final de semana, poderá ser deflagrada uma greve geral no transporte coletivo da capital na próxima semana. A ameaça de paralisação preocupa os usuários do sistema, principalmente aqueles que dependem exclusivamente dos ônibus para se deslocar ao trabalho.

O Diário do Transporte apurou que tanto a SPTrans quanto o SPUrbanuss foram procurados para comentar a situação, mas ainda não emitiram posicionamentos formais sobre o impasse. A população, enquanto isso, se prepara para os transtornos que podem se repetir caso a crise se estenda por mais dias sem resolução à vista.

Fonte: Sindmotoristas e Diariodotransporte.

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