Avenida Brasil: trânsito começa a se normalizar; Polícia Civil faz operação no Complexo de Israel

O Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira sob o impacto de uma megaoperação da Polícia Civil no Complexo de Israel, Zona Norte da capital. O objetivo era cumprir 70 mandados de prisão contra membros do Terceiro Comando Puro (TCP), incluindo 44 suspeitos sem anotações criminais anteriores. A ação é resultado de sete meses de investigações e teve como alvo comunidades controladas por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, apontado como o chefe do tráfico na região.

Pontos Principais:

  • Polícia Civil tenta prender 70 traficantes no Complexo de Israel.
  • Ação bloqueou Avenida Brasil e Linha Vermelha por mais de uma hora.
  • Dois civis foram baleados; passageiros se protegeram durante tiroteios.
  • Mais de 50 linhas de ônibus e trens foram afetadas na Zona Norte.
  • Escolas, unidades de saúde e a UFRJ suspenderam atividades.
  • Chefes do tráfico usavam drones, barricadas e táticas militares.
  • Complexo foi rebatizado com viés religioso e exclusão de outras crenças.
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Durante a incursão policial, houve troca intensa de tiros, e ao menos dois homens foram baleados em locais distintos: um motorista na Linha Vermelha e um passageiro na Avenida Brasil. A situação gerou cenas de desespero: passageiros se abaixaram dentro de uma estação do BRT enquanto oravam e tentavam se proteger. Os tiroteios obrigaram o fechamento total da Avenida Brasil e da Linha Vermelha por volta das 6h30, travando o trânsito em toda a Zona Norte.

Uma operação da Polícia Civil no Complexo de Israel mobilizou dezenas de viaturas para cumprir 70 mandados de prisão e causou bloqueio total das principais vias do Rio - Foto: Reprodução / TV Globo
Uma operação da Polícia Civil no Complexo de Israel mobilizou dezenas de viaturas para cumprir 70 mandados de prisão e causou bloqueio total das principais vias do Rio – Foto: Reprodução / TV Globo

Os reflexos foram imediatos no sistema de transportes. Mais de 50 linhas de ônibus mudaram seus trajetos, enquanto três linhas do BRT operaram com intervalos irregulares. A SuperVia também foi afetada: um trecho da rede aérea foi danificado, interrompendo a circulação de trens no Ramal Saracuruna entre Parada de Lucas e Duque de Caxias. Técnicos aguardavam condições seguras para iniciar os reparos.

Na área da educação, 21 escolas municipais foram impactadas — sendo 10 em Parada de Lucas e Vigário Geral, 8 na Cidade Alta e 3 em Cinco Bocas e Pica-Pau. A rede estadual confirmou o fechamento de uma unidade. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, como medida preventiva, suspendeu provas, avaliações e a exigência de presença de alunos e servidores em todos os campi.

A saúde pública também sentiu os efeitos da ação policial. Quatro unidades de atendimento foram diretamente atingidas. Dessas, duas clínicas suspenderam completamente as atividades do dia, enquanto outras interromperam as visitas domiciliares. A Secretaria Municipal de Saúde monitorava a retomada gradual dos serviços.

A Polícia Civil revelou que os traficantes da região utilizavam drones para monitorar a movimentação das forças de segurança, impunham toques de recolher e atuavam com táticas específicas para abater aeronaves. Havia ainda grupos especializados em provocar protestos com a queima de ônibus. A operação também teve um viés simbólico: Peixão, evangélico, rebatizou o conjunto de comunidades como “Complexo de Israel” e proibiu a prática de religiões de matriz africana.

Com a liberação das vias ainda pela manhã, a cidade entrou no Estágio 2 do sistema de resiliência, que indica potencial de perturbações moderadas à rotina urbana. A Avenida Brasil foi reaberta, mas com retenções. O impacto da operação revelou a complexidade das ações policiais em áreas urbanas densamente povoadas e a dificuldade de lidar com criminosos ocultos em estruturas religiosas ou sem antecedentes registrados.

Fonte: R7 e G1.

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