Cristina Wiazowski (PP) é eleita prefeita de Mongaguá

A candidata Teresa Cristina Aguiar Tofanello Wiazowski (PP) foi eleita prefeita de Mongaguá (SP) neste domingo (8.jun.2025). O pleito suplementar foi realizado após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) invalidar a candidatura de seu marido, Paulinho Wiazowski (PP), vencedor das eleições municipais de 2024.

A empresária de 57 anos conquistou 17.948 votos (66,33% dos votos), contra o presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo Cardoso Biagioni (União Brasil), que obteve 9.109 votos (33,67%).

Formulário de cadastro

alertas grátis do Poder360

concordo com os termos da LGPD.

Inscreva-se

Inscreva-se

O TSE determinou a realização de nova eleição em Mongaguá depois de acatar recurso especial em dezembro de 2024. A decisão declarou Paulinho Wiazowski inelegível por irregularidades em suas contas como prefeito em 2012, reprovadas pela Câmara Municipal. O ministro André Mendonça atuou como relator do caso.

O juiz Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho considerou que as falhas nas contas configuravam ato doloso de improbidade administrativa. A análise apontou inércia do então gestor em reduzir o déficit público, mesmo após alertas do Tribunal de Contas.

Nas eleições anuladas, Paulinho Wiazowski havia recebido 14.459 votos. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) emitiu sete alertas durante seu mandato em 2012, indicando desequilíbrio entre receitas e despesas.

A Câmara Municipal de Mongaguá, em outubro de 2023, considerou as contas daquele ano irregulares por meio de Decreto Legislativo. O documento identificou uma variação de R$ 9.144.064,13 no orçamento municipal.

A defesa de Paulinho Wiazowski argumentou que, com base na Nova Lei de Improbidade (Lei 14.230/2021), ele só seria considerado inelegível mediante comprovação de dolo específico ou aplicação de sanções.

“As falhas apuradas pelo TCE não indicam conduta desonesta ou intenção de causar prejuízo ao erário. As falhas contábeis apontadas no julgamento das contas, ainda que reprováveis, não configuram improbidade administrativa dolosa e não são graves o suficiente para justificar a aplicação“, disse a defesa.