Quanto custaria o famoso “PC da Xuxa” hoje com a inflação e o salário mínimo de 2025?

Na década de 2000, enquanto a inclusão digital dava seus primeiros passos no Brasil, um brinquedo educativo de plástico rosa se tornou símbolo da infância para milhares de crianças: o “PC da Xuxa”. Embora chamado de computador, ele jamais foi um — e isso, paradoxalmente, só fez aumentar sua fama. Lançado em 2004 pela Candide, ele contava com interface própria, voz da própria apresentadora e uma missão: ensinar de forma lúdica e acessível.

Pontos Principais:

  • O PC da Xuxa foi lançado em 2004 e vendido por R$ 79,99.
  • Corrigido pelo IPCA, o valor atual seria R$ 288,05 em 2025.
  • O brinquedo simulava um laptop, mas não era um computador real.
  • Em 2025, o custo representa 18% do salário mínimo, contra 22% em 2006.

Voltado ao público infantil, o aparelho imitava um laptop, mas com uma proposta simples. Seu teclado era adaptado para mãos pequenas, com botões coloridos e maiores que os convencionais. A tela monocromática de LCD exibia figuras estáticas, enquanto o mouse era apenas um acessório cosmético. Alimentado por pilhas, o brinquedo não se conectava à internet, não possuía sistema operacional nem armazenamento, mas oferecia uma experiência envolvente — para os padrões da época.

Brinquedo da Xuxa de 2004 hoje pesaria menos no bolso das famílias.
Brinquedo da Xuxa de 2004 hoje pesaria menos no bolso das famílias.

O maior atrativo era, sem dúvida, a voz de Xuxa. Durante as atividades, a apresentadora conduzia os pequenos pelos desafios de aprender o alfabeto, contar objetos, fazer contas simples e memorizar sequências. Os jogos eram divididos entre letras, números, lógica e até mesmo música. O produto foi claramente desenhado para ser resistente e funcional, suportando o uso contínuo das mãos infantis sem comprometer a proposta educativa.

Embora muitas pessoas hoje se refiram pejorativamente ao “PC da Xuxa” como sinônimo de computador ruim, a verdade é que ele nunca teve a pretensão de competir com máquinas de verdade. Era um brinquedo — e, como tal, cumpriu seu papel. No auge de sua popularidade, foi vendido por valores a partir de R$ 79,99. À época, o salário mínimo era de R$ 350, ou seja, o custo representava aproximadamente 22% da renda básica de um trabalhador brasileiro.

Com o avanço do tempo, a digitalização mudou a forma como crianças interagem com tecnologia. Hoje, smartphones, tablets e plataformas interativas ocupam o espaço dos brinquedos eletrônicos simples. Ainda assim, o “PC da Xuxa” permanece vivo na memória de uma geração e, curiosamente, pode ser usado como termômetro da inflação e das mudanças econômicas do país.

Segundo a Calculadora do Cidadão do Banco Central, aplicando o IPCA do IBGE, os R$ 79,99 de 2006 equivaleriam a R$ 288,05 em 2025, considerando um índice de correção de 3,60106390 e variação de 260,10%. Isso significa que, com o salário mínimo atual de R$ 1.518, o produto teria um impacto proporcionalmente menor no bolso das famílias — cerca de 18% da renda mensal. Uma diferença relevante em relação ao cenário de quase 20 anos atrás.

Se ainda estivesse disponível no mercado, o brinquedo poderia competir com produtos tecnológicos de entrada, como teclados gamers, headsets ou até jogos de console em oferta. E, mesmo com seu visual datado, traria uma proposta que ainda tem apelo: unir diversão e aprendizado sem distrações externas ou conexões constantes. O “PC da Xuxa” talvez não fosse mais tendência, mas seu valor educativo, ao menos em termos de custo-benefício, ainda teria espaço no mercado de 2025.

Fonte: Agencia217 e Canaltech.

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