IBGE aguarda R$ 700 milhões para iniciar Censo Agropecuário

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda não recebeu a confirmação do orçamento necessário para iniciar os testes do Censo Agropecuário, segundo o diretor de pesquisas do instituto, Gustavo Junger.  A instituição solicitou R$ 700 milhões ao governo federal para começar os trabalhos.

“O orçamento do Censo Agropecuário precisa ser debatido no âmbito ministerial, para liberação. Se a gente tiver condições, a ideia é começar os testes este ano, em novembro”, afirmou Junger durante entrevista após a divulgação de dados sobre religião do Censo Demográfico 2022.

Formulário de cadastro

alertas grátis do Poder360

concordo com os termos da LGPD.

Inscreva-se

Inscreva-se

O IBGE planeja realizar a coleta definitiva de dados em 2026, mas o cronograma depende da liberação dos recursos. O governo federal ainda não confirmou quanto será disponibilizado para o projeto no Orçamento de 2025. “A gente precisa ter o orçamento, que, de fato, a gente ainda não tem”, disse Junger.

O último Censo Agropecuário realizado pelo IBGE ocorreu em 2017. Na época, o instituto contabilizou 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no Brasil.

A situação gerou uma crise interna no instituto, segundo a Folha de S. Paulo. A direção trabalhou para substituir Octávio Costa de Oliveira do cargo de coordenador de estatísticas agropecuárias. Oliveira já foi comunicado sobre sua exoneração, mas a saída ainda não foi formalizada devido a trâmites burocráticos.

O IBGE avalia que os preparativos para o novo levantamento estão atrasados, o que tornaria inadequada a realização da coleta já em 2026. A ideia de transferir o Censo Agropecuário para 2027 encontra resistência no comando do instituto, situação que contribuiu para a exoneração de Oliveira.

O IBGE mantém o desenvolvimento de outras etapas preparatórias, segundo Junger. “A gente está aguardando, mas segue com todos os outros trabalhos de desenvolvimento de sistema, de aplicativo de coleta, preparação para treinamento”.