Ex-músico do Raça Negra é encontrado desacordado na rua e morre

O músico Edson Bernardo de Lima, conhecido artisticamente como Café e ex-integrante do grupo Raça Negra, faleceu aos 69 anos após ser encontrado desacordado em uma rua da zona leste de São Paulo. O socorro foi prestado no domingo (1º), mas ele não resistiu.De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Café foi inicialmente atendido na UPA Carrão e, em seguida, transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde veio a óbito. Seu corpo foi reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal (IML) Leste, na capital paulista.Café enfrentava problemas com dependência química e passou mais de dez anos vivendo em situação de rua no Rio de Janeiro. Após sofrer um AVC, perdeu os movimentos dos braços, o que o afastou definitivamente dos palcos e da carreira musical junto ao Raça Negra, grupo com o qual viveu o auge do sucesso.Conteúdo RelacionadoJessie J fará pausa na carreira para tratar câncer de mamaMorten Harket, do A-ha, é diagnosticado com ParkinsonMorre Jonathan Joss, ator americano, vítima de homofobiaPara sobreviver, chegou a trabalhar como guardador de carros. Em uma entrevista concedida em 2020, falou abertamente sobre as dificuldades de se manter longe das drogas enquanto vivia nas ruas:“Estava propenso à recaída. Não tem como morar na rua e não fumar um baseado, não dá”, afirmou na ocasião.Ao longo dos anos, Café passou por internações em clínicas de reabilitação e também teve períodos de convivência com a família no Rio de Janeiro, em tentativas de se reerguer. No entanto, acabou retornando às ruas. Já em São Paulo, foi acolhido por uma fã que, há anos, tentava ajudá-lo a superar as dificuldades.Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsAppMesmo enfrentando inúmeros obstáculos, ele buscava manter uma rotina ativa como forma de evitar recaídas:“Se eu ficar aqui, fico querendo escrever ou então me drogar. Vou ficar enfiado na Cracolândia aí do lado. Eu prefiro sair, dar um rolezinho. E ganhar um dinheirinho. Tomo conta de carro na praça”, relatou em uma entrevista anterior.
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