Alexandre de Moraes: Estados Unidos podem impor sanções ao ministro?

O governo brasileiro começou a agir de forma reservada para conter a crise diplomática gerada pela fala de Marco Rubio, que sugeriu sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Global Magnitsky. Autoridades dos altos escalões iniciaram conversas com representantes dos Estados Unidos em um esforço para proteger os laços bilaterais, fundamentais para o Brasil em um cenário global cada vez mais disputado.

Pontos Principais:

  • Brasil busca diálogo diplomático após fala de Marco Rubio sobre Moraes.
  • Itamaraty é acionado para conter a tensão e manter relação comercial com os EUA.
  • Fala de Rubio é vista como ingerência nos assuntos internos do Brasil.
  • Moraes pede que diplomatas brasileiros prestem esclarecimentos no inquérito contra Eduardo Bolsonaro.

A preocupação no Itamaraty é que a declaração de Rubio seja interpretada como interferência externa nos assuntos internos do país e como um desrespeito ao Supremo Tribunal Federal. Diplomatas envolvidos ressaltam que essa situação exige cuidado extremo para evitar um desgaste maior, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

O governo Lula intensifica conversas diplomáticas com os EUA após fala de Marco Rubio sobre possíveis sanções ao ministro Alexandre de Moraes, agindo para conter a crise e proteger as relações comerciais e políticas - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo Lula intensifica conversas diplomáticas com os EUA após fala de Marco Rubio sobre possíveis sanções ao ministro Alexandre de Moraes, agindo para conter a crise e proteger as relações comerciais e políticas – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mesmo em meio ao clima de tensão, a diplomacia brasileira mantém o foco no pragmatismo. Lula e Trump, de lados opostos na política, têm em comum a necessidade de manter a relação comercial e política entre os dois países funcionando, sem deixar que disputas políticas contaminem negociações importantes.

Alexandre de Moraes, alvo central da crise, está no foco da base bolsonarista por conduzir o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa ação inclui Bolsonaro e aliados, apontados como núcleo decisivo na trama para reverter o resultado das urnas.

No mesmo despacho que determinou à Polícia Federal a abertura do inquérito contra Eduardo Bolsonaro, Moraes também ordenou que o Itamaraty indique diplomatas que possam prestar esclarecimentos. A preocupação é verificar se Eduardo teria cometido ofensas à soberania brasileira em declarações feitas nos Estados Unidos.

A movimentação do governo Lula vem sendo feita em sigilo para não alimentar ainda mais a crise. Apesar do incômodo gerado pela fala de Rubio, a estratégia adotada até agora busca equilibrar a defesa do Judiciário nacional com a preservação dos interesses econômicos e políticos do Brasil.

Por ora, o Itamaraty segue articulando as conversas de bastidores para evitar que a tensão se transforme em uma disputa aberta e para garantir que a relação com os Estados Unidos não sofra abalos irreparáveis.

Fonte: G1 e InfoMoney.

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