Empresários criticam aumento do IOF e exigem mudança imediata no Congresso Nacional

A recente decisão do governo federal de aumentar as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) provocou forte reação entre os principais representantes do setor produtivo brasileiro. A medida, adotada por meio de decreto, atinge diretamente o acesso ao crédito no país e, de forma mais intensa, compromete a sustentabilidade financeira de micro e pequenas empresas, que dependem de financiamentos de curto prazo para manter suas atividades em funcionamento. Segundo a UNECS (União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços), entidade que congrega instituições de peso como CNDL, Abras e CACB, a mudança representa um retrocesso para a economia nacional, pois reforça a lógica arrecadatória sem considerar os efeitos práticos na atividade empresarial e no consumo das famílias.

Pontos Principais:

  • UNECS critica aumento do IOF e cobra revisão no Congresso.
  • Medida afeta especialmente micro e pequenas empresas.
  • Governo espera arrecadar R$ 18 bilhões em 2025 com a mudança.
  • Empresariado vê ação como contrária à promessa de simplificação tributária.

A UNECS (União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços) publicou nota oficial em que aponta a mudança como um retrocesso para a economia nacional. Segundo a entidade, o novo cenário inviabiliza o crédito para quem mais precisa e desestimula o empreendedorismo — num momento em que o país busca consolidar sua recuperação econômica.

O setor de comércio e serviços, que responde por mais de 70% do PIB nacional e emprega milhões de brasileiros, alerta que a elevação do IOF vai na contramão das promessas governamentais de simplificação tributária e incentivo ao crescimento econômico. Ao unificar em 3,5% a alíquota de operações internacionais e impor tributos a contribuições mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada, o governo justifica a medida como necessária para fortalecer a arrecadação pública, com projeção de até R$ 18 bilhões adicionais em 2025. No entanto, para a UNECS, o peso recai sobre os ombros errados: o empreendedor que precisa de fôlego e o consumidor que depende de crédito para equilibrar o orçamento.

Governo sobe IOF para arrecadar mais e equilibrar o Orçamento; medida afeta empresas e investimentos, mas mantém isenção para crédito pessoal e financiamento habitacional.
Governo sobe IOF para arrecadar mais e equilibrar o Orçamento; medida afeta empresas e investimentos, mas mantém isenção para crédito pessoal e financiamento habitacional.

A crítica central do setor está na falta de diálogo e de análise aprofundada sobre os impactos da medida em um ambiente já marcado por carga tributária elevada, burocracia asfixiante e insegurança jurídica. A nota divulgada pela UNECS afirma que o aumento do IOF compromete diretamente o dinamismo do setor produtivo, enfraquece a capacidade de investimento e restringe o fluxo de capital que alimenta a cadeia econômica. A entidade considera a atitude do governo contraditória, especialmente ao comparar o discurso de apoio ao empreendedorismo com a prática de ampliar tributos em áreas sensíveis.

Mesmo após pressão do mercado financeiro e da sociedade civil organizada, o governo federal revisou apenas parcialmente alguns pontos da medida, mantendo a maior parte do aumento em vigor. Com isso, o setor intensificou a articulação política junto ao Congresso Nacional, exigindo que os parlamentares assumam protagonismo e revejam o conteúdo do decreto. A UNECS apela para a sensibilidade social dos congressistas, lembrando que uma política fiscal eficiente deve levar em conta o equilíbrio entre arrecadação e estímulo ao desenvolvimento.

A preocupação do setor é que o aumento do custo do crédito represente um efeito cascata: menos acesso a financiamentos significa menor capacidade de investimento e consumo, o que por sua vez reduz a geração de empregos, impacta a arrecadação de impostos e desacelera a economia. Os empresários alertam que o momento exige incentivo, não retração, e temem que a decisão leve à estagnação de projetos e à perda de competitividade do Brasil no cenário internacional.

Diante desse cenário, a UNECS aposta em um esforço coordenado para pressionar o Congresso Nacional a intervir. A entidade tem buscado apoio de parlamentares da base e da oposição, articulando agendas com lideranças do Senado e da Câmara para demonstrar os efeitos práticos da medida no cotidiano de milhões de empresas. O tom das críticas é firme, mas fundamentado: trata-se de preservar a saúde econômica do país e impedir que medidas isoladas comprometam a retomada do crescimento em médio e longo prazo.

O setor empresarial entende que tributos são necessários, mas defende que sua aplicação seja inteligente, planejada e justa. A elevação do IOF, do modo como foi feita, afeta justamente os setores que mais geram riqueza e emprego, sem oferecer contrapartidas claras. Para muitos especialistas e líderes do setor, o momento é de reconstrução, e não de novas barreiras. A mobilização continua, com olhos voltados ao Congresso e à possibilidade de reverter os impactos antes que os danos se tornem irreparáveis.

Fontes: CNN Brasil.

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