Greve metro SP: Metroviários decidem nesta quinta (22/05) se haverá paralisação

A decisão sobre uma possível paralisação no metrô de São Paulo está marcada para ser conhecida nesta quinta-feira, 22 de maio. A categoria metroviária iniciou nesta semana a votação digital entre os trabalhadores, que terá duração de 24 horas. Se a maioria decidir pela paralisação, a greve deve ocorrer na próxima terça-feira, 27 de maio, impactando milhões de passageiros da capital paulista.

A mobilização sindical é motivada por uma série de reivindicações relacionadas a reajustes salariais, condições de trabalho e a defesa dos direitos da categoria diante do avanço de privatizações. Segundo representantes do sindicato, as negociações com o governo estadual e a direção do Metrô não evoluíram, o que levou à convocação da consulta aos trabalhadores.

A greve pode afetar o funcionamento de todas as linhas operadas diretamente pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Em caso de paralisação, a expectativa é de que o governo implemente medidas emergenciais para amenizar os impactos no transporte público.

Resultado sai nesta quinta-feira (22)

A votação começou na quarta-feira (21) e segue até a noite desta quinta. O sindicato promete divulgar o resultado logo após o encerramento da apuração. A depender da decisão da maioria, a paralisação será realizada no dia 27, terça-feira.

A expectativa é de que a adesão à paralisação seja ampla, caso aprovada. O governo de São Paulo ainda não comentou oficialmente sobre o movimento desta semana, mas poderá acionar a Justiça para garantir o funcionamento parcial do sistema, caso a greve seja confirmada.

Esse formato de votação digital já foi utilizado pela categoria anteriormente, garantindo participação ampla dos trabalhadores e apuração rápida.

Impacto na mobilidade e alternativas

Com cerca de 4 milhões de usuários diários, o Metrô é um dos principais meios de transporte da capital. Uma greve total pode causar grande congestionamento nas vias, aumentar a demanda por ônibus e sobrecarregar os aplicativos de transporte individual.

Em outras ocasiões, greves no metrô levaram a planos de contingência como liberação de faixas de ônibus para todos os veículos e reforço na frota de ônibus. Empresas e repartições públicas também costumam adotar medidas como flexibilização de horários ou regime de home office para evitar prejuízos aos trabalhadores.

Reivindicações e contexto da mobilização

Entre as pautas da greve estão o reajuste salarial, manutenção de benefícios históricos da categoria, melhores condições de trabalho e críticas à política de concessões das linhas do Metrô. A categoria afirma que os trabalhadores estão sendo pressionados por mudanças que colocam em risco a estabilidade dos empregos e a qualidade do serviço prestado à população.

Também há insatisfação com o andamento das negociações conduzidas pela gestão estadual, que, segundo os sindicalistas, não apresentou propostas concretas. A última greve realizada pela categoria foi em 2023 e durou um dia, com impacto considerável no deslocamento de passageiros.

Expectativa para os próximos dias

A quinta-feira será decisiva. Caso o resultado da votação seja favorável à paralisação, o sindicato deve divulgar um comunicado oficial com detalhes da operação da greve e orientação aos trabalhadores. O governo, por sua vez, deverá informar medidas para manter parcialmente os serviços e evitar o colapso na mobilidade urbana.

A população, diante disso, deve acompanhar com atenção os desdobramentos e considerar opções alternativas de deslocamento já a partir do início da próxima semana. A terça-feira (27/05) pode marcar um novo episódio de paralisação no sistema metroviário da maior metrópole do país.

Fonte: Folha e Metroviarios.

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