Técnico do Tottenham cita Vasco, relembra duelo com Roberto Dinamite e fala sobre futuro no Brasil

Às vésperas da final da Liga Europa, o técnico Ange Postecoglou revelou uma lembrança inusitada com o Vasco da Gama, mencionando Roberto Dinamite e um amistoso em 1985.

Pontos Principais:

  • Postecoglou enfrentou o Vasco da Gama em 1985 durante amistoso na Austrália.
  • Recebeu de Roberto Dinamite uma camisa, que guarda até os dias atuais.
  • Evitou declarar torcida no Brasil para não comprometer futuras oportunidades.
  • A lembrança com o Vasco voltou à tona às vésperas da final da Liga Europa.

Em meio à preparação intensa para a decisão da Liga Europa, Ange Postecoglou, treinador do Tottenham, chamou atenção por um comentário aparentemente desconectado do contexto europeu. Durante entrevista coletiva em Bilbao, na Espanha, ele compartilhou uma história pessoal relacionada ao futebol brasileiro. A lembrança remonta a um amistoso disputado em 1985, quando, ainda jogador do South Melbourne, enfrentou o Vasco da Gama em solo australiano. O detalhe marcante do episódio foi o presente recebido ao fim da partida: a camisa de Roberto Dinamite, ídolo vascaíno. Guardada até hoje, a peça simboliza uma memória que resistiu ao tempo e às fronteiras entre os continentes.

Postecoglou lembrou de 1985, quando enfrentou o Vasco em amistoso na Austrália e recebeu de Roberto Dinamite uma camisa que guarda até hoje com carinho.
Postecoglou lembrou de 1985, quando enfrentou o Vasco em amistoso na Austrália e recebeu de Roberto Dinamite uma camisa que guarda até hoje com carinho.

A fala do técnico não apenas reforça o prestígio de Dinamite mesmo fora do Brasil, mas também demonstra como o futebol é capaz de criar vínculos inesperados. Postecoglou mencionou que, ao visitar o Brasil, sempre há alguma referência ao Vasco que emerge nas conversas. Essa conexão afetiva, construída a partir de um simples amistoso, revela a capacidade de certos momentos esportivos se tornarem marcos duradouros na memória de quem os vivenciou. Mesmo décadas depois, o técnico se recorda com nitidez daquele dia e da troca com o ídolo brasileiro, reforçando o impacto da experiência em sua trajetória pessoal.

Quando questionado sobre a possibilidade de torcer por um clube brasileiro, o treinador foi cuidadoso na resposta. Em tom descontraído, disse que precisa medir as palavras, já que um dia pode trabalhar em um time do país. Citou nominalmente o Corinthians como exemplo hipotético, ilustrando o tipo de mal-entendido que uma declaração de preferência poderia provocar. O posicionamento foi estratégico, pois além de respeitar os clubes brasileiros, também preserva portas abertas para eventuais convites no futuro. Essa cautela demonstra consciência de imagem pública e visão profissional além das fronteiras atuais.

A referência ao futebol brasileiro não surgiu de forma isolada. Postecoglou fez questão de registrar sua admiração por esse estilo de jogo, comentando que sempre gostou do futebol praticado no Brasil. Embora não tenha se aprofundado tecnicamente, sua fala foi carregada de respeito, deixando implícita uma valorização das escolas formadoras e da paixão nacional que envolve o esporte no país. Ao relacionar essa admiração com experiências vividas ainda nos anos 1980, o técnico mostrou coerência em sua fala e autenticidade em sua ligação com o futebol brasileiro.

Outro aspecto relevante na declaração do técnico está na forma como ele articula sua identidade profissional com as referências que acumulou ao longo do tempo. Postecoglou nasceu na Grécia, foi criado na Austrália e consolidou sua carreira como treinador em diversos clubes, antes de chegar à Premier League. Ao rememorar o jogo com o Vasco e a camisa de Dinamite, ele revela não apenas uma lembrança pessoal, mas um ponto de interseção entre sua trajetória e a história do futebol mundial. Isso ajuda a contextualizar sua figura como alguém atento às diversas culturas futebolísticas.

A final da Liga Europa entre Tottenham e Manchester United ganha, assim, um componente extra de interesse, mesmo que simbólico. Enquanto os dois clubes ingleses se preparam para encerrar a temporada com um título europeu, o treinador do Tottenham relembra uma experiência que remonta ao tempo em que nem mesmo imaginava assumir uma equipe na elite do futebol europeu. A narrativa traz um contraste interessante entre o glamour da competição atual e os bastidores mais discretos de sua carreira no passado.

Não se trata de um discurso ensaiado para conquistar simpatia do público brasileiro. A forma espontânea como Postecoglou compartilhou a lembrança, o cuidado ao falar sobre possíveis vínculos e o tom respeitoso com que mencionou Roberto Dinamite sugerem sinceridade e consideração. No fim, mesmo sem declarar uma torcida, sua fala funcionou como uma homenagem à memória de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro e, por extensão, ao Vasco da Gama, que segue deixando marcas em histórias contadas além do Oceano.

Fonte: Ge e CNN.

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