Dólar cai para R$ 5,655; Bolsa se aproxima de 140 mil pontos

O dólar comercial fechou em queda de 0,25% nessa 2ª feira (19.mai.2025), aos R$ 5,655. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), subiu 0,32% e atingiu 139.636 pontos, o recorde nominal histórico para o fechamento. Na máxima do dia, superou 140 mil pontos pela 1ª vez. O pico histórico foi de 140.203,04 pontos.

No Brasil, investidores reagiram aos dados da prévia do PIB (Produto Interno Bruto). O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central subiu 1,3% no 1º trimestre deste ano em relação ao 4º trimestre de 2024.

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta 2ª feira (19.mai.2025) que a taxa básica, a Selic, ficará em patamar elevado por “tempo bastante prolongado”. O juro base está em 14,75% ao ano. A sinalização de uma taxa alta por longo período indica que haverá uma desaceleração da economia para levar a inflação à meta.

Parte dos agentes financeiros avalia que o BC pode ter encerrado o ciclo de altas na taxa Selic. Galípolo falou que faz “sentido” a autoridade monetária “permanecer com essas taxas de juros em um patamar mais restritivo por um tempo mais prolongado do que usualmente costuma se praticar”.

No cenário externo, os agentes financeiros ainda acompanham o desenrolar das tarifas comerciais implementadas nos EUA e na China. Na 6ª feira (16.mai.2025), a agência de risco Moody’s anunciou a diminuição da nota de crédito dos Estados Unidos. Rebaixou de “Aaa” (nota máxima) para “Aa1” (2ª mais alta). O aumento da dívida norte-americana contribuiu para a piora de percepção em relação à economia do país.

Segundo a agência, o custo da dívida do país será mais elevado ao longo dos anos pelo elevado patamar dos juros no país. O intervalo da taxa está em 4,25% a 4,50% ao ano desde dezembro de 2024. Antes disso, ficou por mais de 1 ano, de julho de 2023 a setembro de 2024, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.

“As sucessivas administrações e o Congresso dos EUA falharam em chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros […] prevemos que o ônus da dívida federal dos EUA aumentará para cerca de 134% do PIB [Produto Interno Bruto] até 2035, em comparação com 98% em 2024”, disse a Moody’s. Leia a íntegra da nota (PDF – 158 kB, em inglês).

A Moody’s era a última das grandes agências de risco que ainda atribuía nota máxima aos Estados Unidos. A Standard & Poor’s fez o rebaixamento em 2011, e a Fitch Ratings, em 2023.

A Casa Branca criticou na 6ª feira (16.mai.2025) a decisão da Moody’s de rebaixar a nota de crédito. O diretor de comunicações Steve Cheung criticou o economista da agência de risco Mark Zandi.

“Ninguém leva a ‘análise’ dele a sério. Ele já foi desmentido inúmeras vezes”, escreveu o norte-americano.

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