Ednaldo Rodrigues desiste de voltar à presidência da CBF

Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), desistiu do recurso que contestava sua destituição do cargo. A manifestação foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 2ª feira (19.mai.2025), endereçada ao ministro Gilmar Mendes, relator das ações sobre o comando da entidade.

O documento solicita a anulação da petição anteriormente protocolada que questionava decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que determinou seu afastamento. Segundo os advogados, Rodrigues foi “movido pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro”.

A defesa argumenta que a vida do ex-presidente “tem sido abalada por equívocos públicos, interpretações distorcidas e insinuações injustas, maledicentes e criminosas”. O texto enviado ao STF afirma que as acusações contra ele são “orquestradas e coordenadas por diversos grupos, que nunca se contentaram com o fato de o futebol brasileiro ter rompido com oligarquias e de passar a ter transparência e governança, grupos estes que não medem esforços em lhe causar dor”.

A destituição de Ednaldo foi determinada na 5ª feira (15.mai) após questionamentos sobre a autenticidade de uma assinatura em acordo homologado pelo STF que o mantinha no cargo no início deste ano. A assinatura em questão era de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, ex-presidente interino da CBF. Uma perícia identificou indícios de fraude no documento, embora Rodrigues negue irregularidades.

Depois do afastamento, Fernando Sarney, um dos vice-presidentes, foi designado como interventor e convocou novas eleições. O pleito para escolha da nova diretoria da CBF está marcado para o próximo domingo (25).

Até o momento, apenas uma chapa foi registrada para a eleição, liderada por Samir Xaud, da Federação Roraimense de Futebol, que deve ser confirmado como o próximo presidente da entidade.

No documento enviado ao Supremo, Rodrigues afirma não estar concorrendo nem apoiando qualquer candidato ao cargo de presidente da CBF na eleição convocada pelo interventor. O ex-dirigente deseja “boa sorte” a quem assumir a gestão do futebol brasileiro nos próximos anos.

Rodrigues também alegou ser vítima de “movimentos de exclusão política” por parte de pessoas que “não se contentam em ver o futebol brasileiro em outro patamar”. A defesa menciona ainda que há [Particulares] que expressam resistências estruturais ao fato de um nordestino negro ocupar o cargo mais alto do futebol nacional — sendo alvo de ataques difamatórios orquestrados por setores inconformados com sua atuação firme, ética e transformadora”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.