Xi Jinping critica protecionismo dos Estados Unidos

O presidente da China, Xi Jinping (PCCh), disse nesta 3ª feira (13.mai.2025) que as medidas unilaterais impostas pelos Estados Unidos não trarão benefícios e apenas isolarão os norte-americanos.

“As transformações do nosso século estão ocorrendo aceleradamente e múltiplos riscos se entrelaçam e sobrepõem. Isso faz com que a união e cooperação sejam indispensáveis. Não há vencedor em guerras tarifárias. O hegemonismo só resultará no enfrentamento de si próprio”, disse Xi Jinping em seu discurso no Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Na 2ª feira (12.mai), a China e os EUA divulgaram uma declaração conjunta concordando em reduzir as tarifas sobre os produtos importados entre os 2 países por um período inicial de 90 dias.

De acordo com declaração conjunta, a partir de 14 de maio, os norte-americanos reduzirão temporariamente as suas tarifas sobre os produtos chineses, que estavam em 145%, para 30%, enquanto a China reduzirá suas taxas sobre os produtos importados dos EUA, então taxados em 125%, para 10%.
Antes do acordo, China e EUA travaram uma guerra comercial, com um país aumentando as tarifas impostas aos produtos importados sempre que o outro o fazia. O Ministério do Comércio da China informou que espera novas rodadas de negociações com os EUA para “corrigir a prática errada de aumentos unilaterais de tarifas”.
Em sua fala no fórum, o líder chinês fez uma série de acenos aos países da América Latina e do Caribe, além de anúncios de parcerias e investimentos na região.

Xi Jinping iniciou seu discurso relembrando as manifestações políticas ocorridas na China em apoio à recuperação, pelo Panamá, da autonomia sobre o Canal do Panamá, e ao fim dos embargos econômicos contra Cuba.

O presidente chinês aproveitou o espaço para anunciar que incentivará empresas chinesas a ampliar investimentos na região. A China também abrirá uma nova linha de crédito de 66 bilhões de yuans (US$ 9,2 bilhões) para projetos de desenvolvimento na América Latina e no Caribe, e expressou o desejo de comprar mais produtos da região.


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