Investimentos da Petrobras somam R$ 23,7 bi no 1º tri de 2025

A Petrobras investiu R$ 23,7 bilhões (US$ 4,1 bilhões) no 1º trimestre de 2025. O montante representa uma redução de 29,1% em relação ao 4º trimestre de 2024, um aumento de 33,6% em comparação anual e 22% do projetado para 2025.

No balanço divulgado nesta 2ª feira (12.mai.2025), a estatal afirma que a queda trimestral reflete o “caráter atípico do nível de investimento” no fim de 2024, quando foram realizados ajustes nas unidades de Búzios. Leia a íntegra (PDF – 1 MB).

“Esses investimentos [do 1º trimestre de 2025] estão concentrados em projetos do pré-sal, em especial nos campos de Búzios e Atapu. Estamos realizando mais perfurações e interligações de poços e avançando na construção das novas unidades que sustentarão nossa curva de produção”, afirmou o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo.

No refino, houve avanço nas obras do hidrotratamento da Replan e conclusão da modernização do Trem 1 da RNEST, que passou a ter capacidade para processar 130 mil barris por dia, além de ampliar em 6.000 barris diários a produção de diesel S-10.

PRODUÇÃO

A produção total de petróleo e gás natural alcançou 2,77 milhões de boed (barris de óleo equivalente por dia), uma alta de 5,4% em relação ao trimestre anterior. Um dos destaques foi o início da operação do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, em fevereiro, com capacidade de produzir até 225 mil barris de petróleo e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Outro navio-plataforma, o FPSO Alexandre de Gusmão, chegou ao campo de Mero e deve iniciar atividades entre o 2º e o 3º trimestre deste ano.

A Petrobras também anunciou novas descobertas de petróleo nas bacias de Campos (Bloco Norte de Brava) e Santos (Aram e Búzios), além da conclusão de testes de formação na Colômbia, no poço Sirius-2.

Em maio, entrou em operação o segundo módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural do Complexo Boaventura, elevando a capacidade total para 21 milhões de metros cúbicos por dia.

LUCRO E DIVIDENDOS

A companhia registrou lucro líquido de R$ 35 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões) no 1º trimestre de 2025, alta de 48,6% ante os R$ 23,7 bilhões na comparação anual.

A presidente Magda Chambriard atribuiu o desempenho ao aumento da produção e à eficiência operacional.

“Iniciamos o ano de 2025 com resultados operacionais e financeiros robustos, que refletem a capacidade técnica da Petrobras em superar desafios e gerar valor para a sociedade brasileira. Aumentamos a nossa produção em 5,4% em relação ao último trimestre de 2024 e assim alcançamos um caixa de US$ 8,5 bilhões com as nossas operações, que nos permite investir para continuar gerando valor e remunerar os nossos acionistas”, afirmou.

O Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos e JCP (juros sobre capital próprio). A distribuição foi aprovada com base no balanço do 1º trimestre de 2025 e será paga em duas parcelas:

  • 1ª: R$ 0,45458310 por ação, a ser paga em 20 de agosto de 2025, integralmente na forma de JCP;
  • 2ª: R$ 0,45458309 por ação, com pagamento em 22 de setembro de 2025, sendo R$ 0,30844749 em dividendos e R$ 0,14613560 em JCP.

Quem tiver ações da Petrobras na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) até 2 de junho de 2025 terá direito a receber os proventos. A partir de 3 de junho, os papéis passam a ser negociados sem esse direito.

Já para os detentores de ADRs (American Depositary Receipts) na NYSE (Bolsa de Nova York, na sigla em inglês), o record date será 4 de junho. Os investidores que têm ADRs receberão os valores em 27 de agosto e 29 de setembro de 2025, respectivamente.

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