Dia das Mães: quando torcer é um ato de amor

Neste domingo (11), quando as homenagens se voltam para aquelas que representam cuidado, afeto e força, o futebol paraense ganha um ingrediente emocional a mais: a grande decisão do Campeonato Paraense de 2025 será disputada justamente no Dia das Mães, e com o clássico Re-Pa como pano de fundo. O encontro entre Clube do Remo e Paysandu, às 17h no Mangueirão, promete um espetáculo dentro e fora das quatro linhas. O Leão Azul chega com vantagem após vencer o jogo de ida por 3 a 2; ao Papão, resta vencer para reverter o placar e sonhar com a taça. Mas, para muitas mães torcedoras, o que está em jogo vai além do título: é o laço afetivo que une gerações por meio do amor ao clube do coração.Entre as mães remistas, a arquibancada é extensão do lar. Marilene Pinheiro, que hoje acompanha lealmente o time ao lado das filhas, cresceu embalada pelo som da Charanga do Miranda. “Minhas memórias com o Remo vêm da primeira infância. Papai era apaixonado pelo clube e nos levava ao Baenão desde muito pequenos. Já estamos na quarta geração com DNA azul-marinho”, conta com orgulho. Para ela, o domingo será duplamente especial. “Espero ver um jogão e um título que consagre nossa boa campanha. Tenho confiança no Daniel Paulista e no nosso elenco. Vamos comemorar o Dia das Mães no Colosso, com minhas filhas (Esther e Gabriella), torcendo juntas”, disse.

Outra torcedora azulina é Maristela Miranda, que transforma cada jogo do Remo em um termômetro de emoções. “O Remo é uma herança do meu pai, uma paixão que carrego no peito desde sempre. Não perco um jogo. É o que me deixa feliz ou triste, dependendo do resultado. Meus filhos, Matheus e Arthur, cresceram nesse ambiente e compartilham desse amor. Agora fico sonhando com o dia de levar um netinho para a arquibancada também. Quero manter essa tradição viva”, confidencia.Do lado bicolor, a paixão também é visceral e familiar. Para Julianna Marrocos, o Paysandu é parte da identidade da casa. “É um amor inexplicável. Um time que me deu muitas alegrias, e algumas tristezas também”, ri. “Na nossa casa, todo canto tem algo que remete ao Papão. Meus filhos, Luan e Yan Felipe, não têm escolha: cresceram envolvidos por esse sentimento. Sempre que posso, levo os dois ao estádio para viverem essa emoção comigo. Espero um time mais aguerrido. Ainda dá, eu acredito”, destaca.O sentimento ecoa na fala de Cláudia Lanôa, que trata o Paysandu como membro da família. “Minha paixão é desde criança, uma tradição familiar. Meus pais são bicolores, meus irmãos também, e meus filhos e sobrinhos seguem a mesma paixão. O Paysandu nos une e vamos seguir torcendo pela 51ª taça estadual”, disse, ao lado da filha Arianny.

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