Mapa mundi invertido do IBGE que traz o Brasil no centro começa a ser vendido oficialmente

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu início à comercialização de uma nova versão do mapa-múndi que altera a perspectiva tradicional. A peça, agora disponível no site oficial do órgão, apresenta o Brasil em posição central e o hemisfério Sul posicionado na parte superior, caracterizando-se como um “mapa invertido”.

A imagem foi divulgada nas redes sociais pelo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, na quarta-feira, dia 7 de maio. Segundo ele, a iniciativa tem como propósito simbolizar o atual protagonismo do Brasil em fóruns multilaterais como BRICS, Mercosul e na preparação para a COP 30, prevista para ocorrer em novembro, na cidade de Belém (PA).

Essa não é a primeira vez que o IBGE promove esse tipo de mudança simbólica. Em 2024, o instituto já havia incluído um mapa com o Brasil no centro no Atlas Geográfico Escolar, o que gerou grande repercussão nas redes sociais e debate entre educadores e geógrafos.

De acordo com Pochmann, o novo mapa busca estimular uma “reflexão crítica sobre representações do espaço mundial” que, historicamente, centralizam a Europa e os países do Norte. O uso do mapa invertido não altera informações geográficas, mas oferece uma nova forma de visualização do mundo que descentraliza os eixos tradicionais.

A ideia de inverter mapas não é inédita globalmente, mas ganha novas camadas de significado quando associada a movimentos diplomáticos e geopolíticos de reposicionamento. O fato de o Brasil sediar a COP 30 reforça o argumento de liderança internacional utilizado pelo IBGE para justificar a proposta.

A comercialização oficial do mapa no site do IBGE marca a institucionalização da iniciativa e amplia o alcance para escolas, professores e cidadãos interessados em alternativas de representação geográfica. A medida pode ser entendida tanto como educativa quanto política, refletindo uma postura ativa do governo na redefinição de narrativas simbólicas.

Marcio Pochmann, indicado por Lula em 2023, tem defendido uma atuação mais assertiva do IBGE em temas que extrapolam a estatística e se conectam com debates sociais e políticos. Ele acumula experiência em instituições públicas e acadêmicas e tem sido uma das vozes mais presentes na atual gestão para temas de planejamento e soberania.

Fonte: CNN e IBGE.

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