Inbox cheia? WhatsApp quer usar IA para resumir as suas mensagens

O WhatsApp está desenvolvendo uma ferramenta de inteligência artificial para criar resumos automáticos quando há muitas mensagens não lidas em uma conversa, grupo ou canal.

A ferramenta foi descoberta pelo site especializado WABetaInfo e está presente na versão 2.25.15.12 do aplicativo para Android, ainda em fase beta. Como se trata de um recurso em desenvolvimento, ele não está disponível nem mesmo para participantes do programa de testes, aparecendo apenas no código do app.

Como vai funcionar o resumo de IA do WhatsApp?

Quando você recebe muitas mensagens em uma conversa, grupo ou canal, uma espécie de divisória aparece, indicando que há “X mensagens não lidas” daquele ponto para baixo. Com a nova ferramenta, este aviso é substituído por um botão “Resuma usando a Meta AI”.

O WABetaInfo conseguiu visualizar este atalho, mas ele ainda não funciona, então não dá para saber como ele se sai na prática.

A qualidade do resumo é um ponto importante: a Apple, por exemplo, precisou suspender sua ferramenta de resumo de notificações porque ela gerava alucinações e transformava avisos de veículos legítimos, como BBC e New York Times, em notícias completamente falsas.

Meta vai usar nuvem, mas promete privacidade

Segundo o WABetaInfo, o processamento dos resumos será feito na nuvem: o app gera uma solicitação para a infraestrutura da Meta. A publicação afirma que este trabalho ficará a cargo do Private Processing (ou Processamento Privado, em tradução livre).

Anunciada no fim de abril de 2025, esta tecnologia isola uma parte do sistema para gerar um espaço protegido. Assim, os dados das mensagens não se misturam com as outras informações usadas pela Meta. Além disso, a empresa promete que apagará os dados após o encerramento da sessão.

Por causa dessas proteções, não será possível pedir um resumo das mensagens se a opção de Privacidade Avançada de Conversa estiver ativada, já que ela impede que o conteúdo de uma conversa seja exportado.

Apesar desta preocupação, houve críticas a esta abordagem da Meta. “Sempre que um dado sai do seu dispositivo, isso cria novos riscos. Cibercriminosos não vão mirar em seu celular, mas no data center”, diz Adrianus Warmenhoven, especialista em cibersegurança da NordVPN.

Com informações do WABetaInfo

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