Trabalhadores já estão de olho no dissídio 2025; confira quem recebe e datas

O dissídio salarial é um dos momentos mais aguardados do ano por trabalhadores com carteira assinada.

Em 2025, ele continua sendo uma ferramenta essencial para manter o poder de compra dos profissionais frente à inflação.

Mas afinal, quem tem direito ao reajuste? Quando ele será pago? E o que fazer se a empresa não cumprir com essa obrigação?

Neste guia completo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o dissídio salarial em 2025, regras, prazos e nos seus direitos garantidos por lei. Acompanhe!

O que é o dissídio salarial?

O dissídio salarial é o reajuste anual aplicado aos salários dos trabalhadores formais, resultado de uma negociação coletiva entre sindicatos de trabalhadores e empregadores. 

Quando não há consenso entre as partes, o caso pode ir para a Justiça do Trabalho, que define os novos termos por meio de uma decisão judicial.

Esse reajuste não se limita apenas ao salário base. Ele também impacta benefícios como:

  • Vale-alimentação e vale-refeição
  • Vale-transporte
  • Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
  • Participação nos lucros e resultados (PLR)

O principal objetivo do dissídio é assegurar que o trabalhador mantenha seu poder aquisitivo diante da inflação acumulada no período.

Quem tem direito ao dissídio?

Todo trabalhador contratado sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito ao dissídio, desde que esteja em atividade na empresa no momento em que o acordo coletivo ou sentença judicial for firmado.

Confira abaixo como funciona:

  • Funcionários antigos: têm direito ao reajuste integral
  • Novos funcionários: se contratados antes da data-base, recebem o reajuste de forma proporcional ao tempo trabalhado
  • Contratados no mês da data-base ou depois: não têm direito ao dissídio naquele ano.

É importante acompanhar os comunicados do sindicato da categoria para entender as regras específicas de cada setor.

Saiba mais: Principais direitos trabalhistas que você precisa saber

Quando o dissídio será pago em 2025?

O pagamento do dissídio em 2025 segue a data-base da categoria profissional, que é o mês acordado em convenção coletiva como referência para aplicar os reajustes. Cada setor tem sua própria data-base

Assim que o reajuste é definido, as empresas devem aplicar o novo valor já na folha salarial do primeiro mês subsequente.

Caso o acordo demore a ser fechado, o reajuste será retroativo à data-base, e o trabalhador receberá os valores corrigidos dos meses anteriores.

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O que acontece se a empresa não pagar o reajuste?

Se a empresa não aplicar o dissídio conforme previsto, o trabalhador tem o direito de recorrer ao sindicato da categoria ou entrar com uma ação na Justiça do Trabalho. O descumprimento da regra pode gerar:

  • Multas
  • Pagamento de juros sobre valores devidos
  • Danos morais, em casos mais graves

Por isso, é fundamental guardar holerites e verificar o valor depositado mensalmente. Em caso de dúvidas, o sindicato é o primeiro canal de atendimento.

Qual o impacto do dissídio nos benefícios trabalhistas?

O dissídio não impacta apenas o salário. Confira os principais benefícios afetados:

  • FGTS: o valor do depósito aumenta
  • INSS: a contribuição mensal é ajustada
  • Vale-alimentação/refeição: pode sofrer reajuste proporcional
  • PLR: base de cálculo pode ser alterada

Esses ajustes são fundamentais para manter a coerência entre salário e benefícios, evitando perdas para o trabalhador.

E como funciona o “dissídio retroativo”?

Quando o acordo coletivo é fechado após a data-base da categoria, o reajuste deve ser pago de forma retroativa.

Isso significa que o trabalhador receberá a diferença entre o salário antigo e o novo, referente aos meses anteriores à assinatura do acordo.

Por exemplo, se a data-base for maio, mas o acordo só for assinado em agosto, o trabalhador deve receber as diferenças de maio, junho e julho.

Leia também: Tipos de contrato de trabalho: quais são e para que servem?

Como acompanhar o andamento do dissídio da sua categoria?

A forma mais prática de acompanhar o dissídio da sua categoria é por meio:

  • Do site oficial do seu sindicato
  • De comunicados internos da empresa
  • De portais especializados em economia e legislação trabalhista

Algumas categorias também divulgam boletins informativos por e-mail ou redes sociais. Fique atento às atualizações para não perder nenhum direito.

O dissídio salarial é um direito essencial para garantir que o trabalhador continue sendo valorizado mesmo em tempos de inflação e instabilidade econômica.

Aprenda: Trabalhei 1 ano de carteira assinada, quais meus direitos?

Entender como ele funciona, quem tem direito e quais são os prazos, é o primeiro passo para proteger seu salário e seus benefícios.

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