“Livre, leve e solto”, critica Clilson Júnior sobre prisão domiciliar do ex-presidente Fernando Collor

Após o ex-presidente Fernando Collor deixar o presídio para cumprir pena em casa, o jornalista Clilson Júnior, durante o programa Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (2), criticou a justiça brasileira. De acordo com o apresentador, há uma diferença no tratamento de quem comete crime e a classe social que pertence, além da sensação coletiva da sociedade acerca da impunidade.

“Justiça em câmera lenta, que dança em círculos. Ele agora vai agora ficar em casa. Descobriu que o homem do impeachment, caçador de marajás, que prendeu as poupanças do povo brasileiro tem Parkinson e ronca à noite e não pode ficar na cadeia. Vai ficar em sua casa, na orla, uma casa avaliada em R$ 9 milhões…A sensação de impunidade é que leva a isso. Você não sabe a quantidade de pobres que estão dentro de presídios sem ser julgados há anos?”, questionou como acompanhou o ClickPB.

Como apurou o ClickPB, a penitenciária onde Collor estava preso em Alagoas disse ao STF que as doenças poderiam ser tratadas no local, no entanto, o ministro Moraes, entendeu que o quadro de saúde seria grave e concedeu a prisão domiciliar humanitária.

Ele reforçou que essa sequência envolvendo demora na condenação, prisão e logo após a prisão domiciliar, levanta questões sobre a eficácia e a equidade do sistema judicial brasileiro.

“O que se tira dessa sequência de Collor de Melo é a sensação ou um recado, e não leve esse meu comentário ao pé da letra, mas é a sensação que fica, é como se a justiça dissesse ao povo roube, passe um tempo e depois vá pra casa. Fernando Collor de Melo livre, leve e solto depois de ter roubado milhões. Ainda tem gente que fica discutindo se é certo ou errado”, lamentou o jornalista.

Para Clilson Júnior, no Brasil, a justiça tem um ritmo peculiar — uma dança lenta, quase imperceptível, que às vezes parece mais uma coreografia ensaiada do que um sistema de responsabilização. Ele lembrou ainda que o ex-presidente foi condenado em 2023, a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, chegou a ser preso em abril de 2025, e abonado com o induto de receber o benefício da prisão domiciliar devido a problemas de saúde.

O presidente Fernando Collor, 75 anos, ficará em sua casa em Maceió (AL). Segundo prontuário médico, o ex-presidente precisa de tomar medicamentos diariamente, receber visitas médicas periódicas e utilizar aparelho conhecido como CPAP, que ajuda a manter as vias aéreas abertas enquanto a pessoa dorme.

Confira a fala do jornalista na íntegra:

 

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