Consignado CLT insere R$ 8,9 bilhões na economia com pouco mais de um mês

Em pouco mais de 30 dias de funcionamento, o programa Crédito do Trabalhador ou Consignado CLT do governo federal, já injetou R$ 8,9 bilhões na economia nacional.

A iniciativa, que tem como foco trabalhadores com carteira assinada, foi detalhada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov.

O número impressiona: quase 1,6 milhão de brasileiros contrataram empréstimos através da nova modalidade de crédito, que usa o salário como garantia.

Confira mais detalhes sobre o novo Consignado CLT, quem tem direito, regras e impactos na economia brasileira a seguir.

Como funciona o Crédito do Trabalhador?

O Crédito do Trabalhador é uma versão reformulada do Consignado privado. Agora, qualquer trabalhador CLT com vínculo ativo pode contratar o empréstimo, sem depender de convênio entre empresa e banco, como ocorria anteriormente.

Entre os diferenciais do programa, destacam-se:

• Margem consignável de até 35% sobre a remuneração líquida
• Parcelamento de até 96 meses (variável conforme o banco)
• Contratação 100% online, iniciada pela Carteira de Trabalho Digital ou apps dos bancos
• Liberdade para comparar ofertas de diversas instituições e escolher a melhor proposta
• Apenas um empréstimo por vínculo empregatício, o que ajuda a evitar superendividamento.

Quem são os principais beneficiários?

De acordo com dados divulgados pela Agência Gov, os principais beneficiados estão concentrados nas faixas salariais mais baixas.

• 1 a 2 salários mínimos: R$ 1,6 bilhão
• 2 a 4 salários mínimos: R$ 2,7 bilhões
• 4 a 8 salários mínimos: R$ 1,9 bilhão
• Acima de 8 salários mínimos: R$ 2,5 bilhões

O foco do programa é claro: reduzir desigualdades no acesso ao crédito. “Esse pessoal não tinha absolutamente acesso a nenhum crédito”, reforçou Luiz Marinho.

Substituindo dívidas caras por crédito seguro

Uma das principais propostas do programa é ajudar o trabalhador a substituir dívidas caras, como o cheque especial e o rotativo do cartão, por uma opção mais barata e estruturada.

Segundo o ministro, muitos brasileiros ainda pagam juros acima de 10% ao mês, ou até 20% com agiotas.

Com o novo modelo, o trabalhador pode obter empréstimos com juros bem menores, por meio de uma garantia mais segura: o salário.

Migração de dívidas já está disponível

Desde 25 de abril, o programa passou para uma nova fase. Agora é possível migrar dívidas antigas, incluindo créditos diretos ao consumidor e Consignados antigos, para a nova modalidade, com taxas mais atrativas.

A operação pode ser feita diretamente pelas plataformas digitais de mais de 70 instituições financeiras habilitadas.

Conheça: Trocador de dívidas

Marinho sugeriu, no entanto, que o trabalhador utilize a CTPS Digital para comparar propostas entre diferentes bancos. “Amplia-se o poder de escolha do trabalhador”, disse ele.

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Portabilidade prevista para 6 de maio

A partir do dia 6 de maio, também está prevista a contratação da Portabilidade do Consignado privado entre instituições financeiras.

Ou seja, quem já possui empréstimos poderá receber propostas com taxas de juros menores de outros bancos. Se o trabalhador aceitar, o banco original pode cobrir a oferta para manter o cliente.

“É um verdadeiro leilão para estabelecer uma taxa menor ao trabalhador”, destacou o ministro.

Saiba mais: Consignado privado vale a pena? Vantagens e desvantagens

Impacto esperado: 25 milhões de brasileiros beneficiados

Atualmente, o Brasil tem mais de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O governo estima que até 25 milhões possam se beneficiar do Consignado privado ao longo dos próximos quatro anos.

O Crédito do Trabalhador é, portanto, mais do que um programa emergencial, tratando-se de uma política estrutural de inclusão financeira.

Novas regras do Consignado CLT

Após a reformulação, o Consignado CLT passou a adotar regras mais rígidas para evitar o endividamento excessivo e garantir mais transparência ao trabalhador:

• Disponível apenas para trabalhadores CLT com vínculo ativo
• Apenas um contrato por vínculo empregatício
• Simulação de ofertas antes da contratação
• Plataformas integradas ao Banco Central
• Contratação sem intermediários, 100% digital

Essas medidas oferecem mais segurança, autonomia e clareza ao consumidor na hora de buscar crédito.

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Com quase R$ 9 bilhões injetados na economia e mais de 1,5 milhão de pessoas beneficiadas em apenas um mês, o Consignado CLT surge como uma das mais relevantes políticas de inclusão financeira do atual governo.

A medida aposta em um modelo de crédito mais justo e acessível, voltado principalmente aos brasileiros que historicamente foram deixados de lado pelas instituições financeiras.

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