Apuração de fraude no INSS irá até as últimas consequências, diz Marinho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta 5ª feira (1º.mai.2025) que a apuração dos desvios em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) seguirá “até as últimas consequências”. A declaração foi dada em discurso durante ato das centrais sindicais em celebração ao Dia do Trabalho, em Santana, zona norte de São Paulo.

“A apuração vai até as últimas consequências. Quem fraudou, quem aprontou, quem fez maracutaia terá que pagar. E evidente: quem não tem culpa vai provar sua inocência no processo de investigação e vai ser devidamente inocentado”, disse.

Marinho declarou que a “determinação” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi proteger aposentados e pensionistas. O ministro também disse ser necessário distinguir as associações que são “sérias” das que agem ilegalmente.

“Há entidades sérias e entidades picaretas. Nós precisamos banir as entidades picaretas para a proteção dos nossos trabalhadores e trabalhadoras”, declarou.

Depois do discurso, Luiz Marinho concedeu entrevista a jornalistas. Ele disse que há “liberdade” para os órgãos de controle agirem no governo Lula.

“O governo do presidente Lula [deu] toda a liberdade para a Polícia Federal, toda a liberdade para a Controladoria Geral da União e os órgãos de controle, assim com a Advocacia Geral da União também foi mobilizada para ajudar nesse processo de investigação. O ministro [Ricardo] Lewandowski disse com todas as letras: as investigações vão até o fim e vai pagar quem tiver culpa no cartório. Evidentemente, você tem que dar direito de defesa para as pessoas apresentadas, até porque nasceu lá em 2019”, declarou.

MÁRCIO MACÊDO

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo, reforçou que as investigações tiveram início sob Lula. Assim como Marinho, afirmou que os desvios tiveram início em 2019.

“Não temos medo de falar sobre isso. Esse escândalo começou em 2019. O governo Lula chegou e mandou investigar. Neste governo, os órgãos de controle têm autonomia e tem liberdade. A Polícia Federal investigou, a CGU investigou”, declarou durante discurso no ato.

Macêdo disse que o “processo vai continuar” e que será punido “quem tiver algum tipo de envolvimento”.

“Quem tinha que ir para a cadeia já nesse 1º momento, foi. Quem tinha que ser afastado, foi afastado. Quem tinha que ser demitido, foi demitido. O processo vai continuar. Quem tiver culpa no cartório, vai pagar pela sua culpa. Quem não tiver, tem o direito à presunção de inocência”, disse.

O ministro também reforçou que o dinheiro desviado de aposentados e pensionistas será “devolvido”.

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