Fim da escala 6×1 veja como está a proposta no Congresso

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que há dois meses foi protocolada na Câmara dos Deputados e que sugere o fim da escala 6×1 ainda encontra resistência por parte de alguns congressistas. O projeto, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), sugere a implementação de uma jornada semanal de 36 horas, distribuídas em quatro dias de trabalho e três de descanso.A proposta ainda aguarda despacho do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas a expectativa é que comece sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, deverá ser analisada por uma comissão especial antes de ser levada ao plenário.Na segunda-feira (28), o presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou que o projeto deverá ser discutido “nos próximos dias” e ressaltou a importância de um “tratamento institucional” para a proposta. No entanto, ele ponderou que não se deve “vender sonhos” em relação ao texto.Nos bastidores, há ceticismo no Congresso quanto à aprovação da proposta caso a redação final mantenha a divisão de três dias de descanso para quatro de trabalho semanais. Parlamentares do PSOL e do PT já reconhecem que o projeto deverá passar por mudanças para reduzir resistências e facilitar sua tramitação.Quer mais notícias sobre Brasil? Acesse nosso canal no WhatsApp“Muitas das vezes temos que medir a viabilidade de toda e qualquer medida. Não dá também para ficar vendendo sonho sabendo que esse sonho não vai se realizar. Isso é, na minha avaliação, uma falta de compromisso com o eleitor”, disse o presidente da Casa durante o evento Macro Day.Nesta quinta-feira (1), Dia do Trabalhador, a deputada e autora do projeto, Erika Hilton impulsionou atos por todo o Brasil. Por meio das redes sociais, a parlamentar tem divulgado manifestações organizadas pelo Movimento Vida Além do Trabalho, que planeja ações ao menos em 12 cidades. “Neste Dia do Trabalhador, iremos às ruas de todo o Brasil por uma jornada de trabalho digna e pelo fim da escala 6×1. Estaremos lá pelos trabalhadores que não têm direito de viver a própria vida”, escreveu a deputada.