Fiat Panorama completa 45 anos como marco no segmento de peruas compactas no Brasil

Fiat Panorama, a primeira perua compacta da marca no Brasil, completa 45 anos desde seu lançamento. O modelo estreou em 1980 como uma extensão da estratégia iniciada com o Fiat 147, reforçando a presença da montadora italiana no mercado nacional. A proposta era simples: oferecer um veículo com maior capacidade de carga e espaço interno, mantendo as dimensões compactas e o foco em economia.

Pontos Principais:

  • Fiat Panorama foi lançada em 1980 como perua compacta derivada do 147.
  • Modelo oferecia até 1.440 litros de porta-malas com bancos rebatidos.
  • Teve motor 1.300 com versões a gasolina e etanol, além de melhorias mecânicas.
  • Em 1983, recebeu atualizações visuais e câmbio de cinco marchas.
  • Produção foi encerrada em 1986 com a chegada da Fiat Elba.

Naquele momento, o mercado brasileiro de automóveis vivia uma fase de expansão, com a demanda por veículos mais versáteis em alta. A Fiat já havia se estabelecido com o 147, lançado em 1976, e suas variações de trabalho, como a Pickup e o Furgão. Com o Panorama, a marca passou a atender também as necessidades de famílias e pequenos empresários que buscavam mais volume de carga e conforto sem abrir mão da praticidade urbana.

A Fiat lançou o Panorama em 1980, derivado do 147, com carroceria alongada, tração dianteira, motor transversal e porta-malas que podia chegar a 1.440 litros com bancos rebatidos.
A Fiat lançou o Panorama em 1980, derivado do 147, com carroceria alongada, tração dianteira, motor transversal e porta-malas que podia chegar a 1.440 litros com bancos rebatidos.

O lançamento coincidiu com a introdução da chamada linha Europa, uma atualização estética e técnica do 147. O Panorama compartilhava a base mecânica do compacto, mas trazia modificações estruturais relevantes. A carroceria foi alongada em 18 centímetros e recebeu um teto elevado na parte traseira, solução que permitiu ampliar o espaço interno sem comprometer a dirigibilidade ou o acesso em centros urbanos.

Desenvolvimento e estrutura

O Fiat Panorama nasceu como um projeto derivado, mas com características próprias. O nome fazia referência direta à grande área envidraçada, que além de favorecer a visibilidade, ampliava a sensação de espaço para os ocupantes. A carroceria estendida e a elevação do teto a partir da coluna central eram elementos-chave no ganho de espaço, tanto para passageiros quanto para bagagens.

A posição do estepe na parte dianteira, ao lado do motor, liberava mais área útil no compartimento de carga. O porta-malas oferecia capacidade de 730 litros com os bancos traseiros em posição normal, saltando para 1.440 litros com o rebatimento do encosto. Esse dado colocava o Panorama em vantagem em relação a outros modelos da época, especialmente para quem precisava de um carro compacto com desempenho de transporte acima da média.

O projeto ainda incorporou modificações no conjunto mecânico. O modelo utilizava o motor 1.3, com potência de até 62 cavalos quando abastecido com etanol. O torque atingia 11,5 kgfm nesse mesmo combustível, enquanto a versão a gasolina entregava 61 cv e 9,9 kgfm. A suspensão traseira passou por ajustes para maior suavidade, e o câmbio recebeu um novo sistema de lubrificação, contribuindo para a redução de ruídos e melhor fluidez nas trocas de marcha.

Evoluções ao longo da produção

O modelo foi projetado para atender famílias e pequenos negócios, com grande área envidraçada, teto mais alto e estepe na dianteira, favorecendo o espaço interno da cabine.
O modelo foi projetado para atender famílias e pequenos negócios, com grande área envidraçada, teto mais alto e estepe na dianteira, favorecendo o espaço interno da cabine.

O Fiat Panorama permaneceu em produção por seis anos. Durante esse período, passou por uma reestilização em 1983, em conjunto com a linha Spazio. A atualização trouxe mudanças visuais e funcionais, que incluíram novos para-choques em plástico, molduras laterais mais largas e painel redesenhado. O modelo também passou a contar com câmbio de cinco marchas, melhorando a eficiência em rotações mais altas e oferecendo maior versatilidade nas estradas.

A partir da reestilização, foram introduzidas duas versões de acabamento, denominadas C e CL. Essa diferenciação permitia ao consumidor optar por um nível de equipamentos mais condizente com seu perfil de uso e orçamento. Apesar das atualizações, o modelo manteve a base estrutural e a proposta de uso urbano com capacidade ampliada de transporte.

A produção foi encerrada em 1986, ano em que a Fiat lançou a Elba, perua derivada da plataforma do Uno. O novo modelo assumiu a missão de continuar a presença da marca no segmento das peruas, aproveitando os avanços técnicos e visuais da década. O fim da produção do Panorama representou a transição da Fiat para uma nova geração de veículos, mantendo a estratégia de oferecer variedade em carrocerias e opções funcionais para o público brasileiro.

Legado e impacto no mercado

Com motor 1.3, entregava até 62 cv com etanol e 61 cv com gasolina. Em 1983, recebeu câmbio de cinco marchas, painel redesenhado e novos para-choques em plástico envolvente.
Com motor 1.3, entregava até 62 cv com etanol e 61 cv com gasolina. Em 1983, recebeu câmbio de cinco marchas, painel redesenhado e novos para-choques em plástico envolvente.

O Fiat Panorama não permaneceu muito tempo nas concessionárias, mas foi fundamental para consolidar a imagem da marca em um segmento que, até então, era dominado por modelos de maior porte. Seu lançamento representou uma resposta à necessidade crescente por veículos que combinassem economia, funcionalidade e adaptabilidade ao cotidiano urbano e suburbano.

A Fiat, ao apostar no Panorama, pavimentou o caminho para futuras gerações de peruas que viriam a marcar presença no mercado nacional. Modelos como Tempra SW, Marea Weekend e Palio Adventure deram continuidade à proposta inaugurada pelo Panorama, cada um em seu tempo e com características próprias.

Mesmo fora de linha, o Panorama mantém relevância histórica e é frequentemente lembrado por entusiastas e colecionadores da marca. Seu projeto, alinhado com as demandas da época, ajudou a consolidar a flexibilidade da Fiat em adaptar plataformas existentes a novos usos. A data de 45 anos desde o lançamento reforça sua importância como peça de transição dentro da trajetória industrial da Fiat no Brasil.

Fonte: Stellantis e Wikipedia.

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