Log Commercial Properties tem lucro de R$ 86,3 milhões no 1tri25, alta de 56,2% em um ano

A Log Commercial Properties iniciou 2025 com crescimento dos seus negócios de galpões modulares, destinados a empresas para armazenamento e distribuição de mercadorias. Os números refletem o mercado aquecido, com muita demanda por esses tipos de imóveis.

De janeiro a março deste ano, a Log reportou lucro líquido de R$ 86,3 milhões, crescimento de 56,2% em relação ao mesmo período de 2024. Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 120,7 milhões, avanço de 63,2% na mesma base de comparação anual.

A receita líquida totalizou R$ 55,3 milhões, aumento de 2,8%. Já as despesas operacionais foram a R$ 14,2 milhões, recuo de 2,9%, o que contribuiu para a melhora das margens dos resultados.

O lucro da Log foi impulsionado pelo aumento das receitas de locação e administração de galpões, combinado com manutenção dos custos sob controle. Mas o que mais ajudou foi o resultado expressivo na linha de ‘desenvolvimento de ativos’, que apura a valorização dos imóveis desde a construção até a locação para empresas e a venda para investidores. Essa linha ficou positiva em R$ 80,5 milhões, um salto de 135%.

Por outro lado, o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou despesa de R$ 26 milhões, montante 185% maior na comparação anual, devido à elevação da dívida da companhia e dos juros no País. A Log tem um plano de expansão que envolve investimentos relevantes. No primeiro trimestre, os investimentos foram de R$ 172 milhões, aumento de 8,7%.

A Log encerrou março com uma dívida líquida de R$ 1,444 bilhão, 6,3% maior do que um ano antes. Já a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) foi para 2,7 vezes, queda de 2,2 vezes. No critério ajustado (contando os recebíveis da venda de ativos) a alavancagem é de 1,2 vez.

Operacional

A Log concluiu as obras e entregou três galpões no primeiro trimestre, com área bruta locável (ABL) total de 102,1 mil m?. Os empreendimentos ficam nas cidades de Cuiabá (MT), São José dos Pinhais (PR) e São Bernardo do Campo (SP). Todos foram entregues com 100% de contratos de pré-locação para empresas de setores variados, como marketplaces e farmacêuticas.

O valor médio da locação desses galpões foi de R$ 26,06/m?, alta de 9,5% ante os R$ 23,81/m? obtidos um ano antes. Ao todo, a vacância do portfólio foi de apenas 1,5% (o dado considera os imóveis ‘estabilizados’, isto é, cujo processo de locação após a entrega já está amadurecido).

Conforme anunciado, a Log deu início neste ano ao plano de construção de 2 milhões de metros quadrados de galpões até 2028. Além dos 102,1 mil m? já entregues, a companhia tem mais 323,5 mil m? em construção, distribuídos em oito empreendimentos. A Log informou ainda que possui mais 20 terrenos contratados e com capacidade de produção outros totalizando 880 mil m? de galpões. Tudo isso – entregas, obras e terrenos – já representam 65% da meta de entregas até 2028.

O presidente da Log, Sergio Fischer, considerou o balanço “muito bom” no primeiro trimestre. “Tivemos locação recorde, acima dos 100 mil m?, o que mostra a demanda positiva do setor”, afirmou, em entrevista.

Fischer disse ainda que a empresa tem conseguido avançar nas obras com custos sob controle, rodando um pouco abaixo da inflação medida pelo INCC. Isso porque a construção de galpões demanda menos mão de obra que as obras residenciais – segmento em que os salários estão em alta.

O executivo reiterou o compromisso de realizar vendas de galpões para reforçar a estrutura de capital e dar suporte ao plano de crescimento. As primeiras vendas devem sair neste trimestre, mas o grosso estará concentrado no segundo semestre, comentou. “Temos um conforto grande no balanço, o que nos dá um alívio para fazer as vendas com qualidade”, afirmou.

Questionado sobre os efeitos colaterais da guerra comercial promovida pelos EUA, Fischer disse que “ainda é cedo para avaliar”. “Não sentimos alteração na demanda dos clientes nem para baixo nem para cima por causa disso”, citou.

O executivo acredita que, eventualmente, o Brasil poderá se beneficiar se houver aumento de itens importados. “Acho que muitos produtos vão sobrar no mundo com o aumento das tarifas dos EUA e muitos devem vir para cá, o que vai aumentar a demanda por galpões”.

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