Saiba quem era o empresário que morreu ao bater BMW em corrida em evento de carros de luxo na Embraer

Wilson Coelho Neto, de 48 anos, morreu no sábado (26) durante uma competição de velocidade no aeródromo da Embraer, em Gavião Peixoto (SP). O empresário sul-mato-grossense, conhecido por sua paixão por carros potentes, usava a mesma BMW M3 com a qual venceu duas categorias no ano anterior. As provas realizadas consistiam em percorrer grandes distâncias com largada parada, registrando a velocidade máxima atingida.

O empresário havia sido destaque na edição de 2024 do Driver Top Speed Brasil, quando alcançou 312 km/h na prova de uma milha e 341,6 km/h na disputa de duas milhas. A Driver Brasil, organizadora do evento, confirmou a participação vitoriosa de Neto e lamentou profundamente o ocorrido. Segundo a organização, todos os pilotos assinam termos de responsabilidade antes da prova, reconhecendo os riscos da atividade.

Testemunhas relataram que a pista estava molhada no momento da colisão, fator que pode ter contribuído para a perda de controle. Wilson bateu contra dois outros veículos durante sua puxada de velocidade. Apesar do rápido atendimento da equipe médica presente no evento, o empresário não resistiu aos ferimentos. Os demais pilotos envolvidos sofreram apenas ferimentos leves e foram liberados após atendimento.

A morte de Neto gerou uma onda de comoção em Campo Grande (MS), onde sua família possui forte ligação com o agronegócio. Entre as mensagens de despedida, destacaram-se a do deputado estadual Jamilson Name e do cantor Mariano, que conhecia o empresário pessoalmente. A sogra de Wilson também se manifestou nas redes sociais, ressaltando sua fé e dedicação à família.

Nilson Junior, amigo de longa data do empresário, relatou que o amor pela velocidade era antigo. Aos 18 anos, Wilson já pilotava uma Ford Maverick e, pouco depois, uma BMW M5. Juntos, eles participaram de competições de arrancada de motocicletas de alta cilindrada, tornando-se pioneiros nas disputas da região. Nilson esteve presente no velório realizado no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

O Driver Top Speed ocorre desde 2009 e utiliza a extensa pista da Embraer para competições de meia milha, uma milha e duas milhas. A estrutura prevê premiações e a certificação especial para quem ultrapassa 321,8 km/h, o que Wilson conseguiu no ano anterior. A organização reforçou que adota padrões rigorosos de segurança, embora reconheça que os riscos não possam ser eliminados em competições desse tipo.

A Embraer, proprietária do aeródromo, lamentou o falecimento e informou que a Driver Brasil é responsável pela organização do evento. A companhia se colocou à disposição das autoridades para auxiliar na investigação. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas do acidente, incluindo as condições da pista e a dinâmica da colisão.

Fonte: Jornaldebrasilia e UOL.

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