Marco Temporal fragiliza luta por terra de indígenas das periferias

Lideranças indígenas e especialistas concordam que a tese do Marco Temporal pode colocar em risco comunidades indígenas que vivem nas periferias da capital paulista. Este entendimento jurídico, em distupa no Supremo Tribunal Federal, estabelece que só podem ser demarcadas as terras indígenas que estivessem ocupadas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. 

Uma das terras indígenas na capital paulista, localizada no Jaraguá, zona oeste da cidade, não estava integralmente ocupada pelos Guarani nesta data, o que abre espaço para questionamentos. Pelo menos 1.400 pessoas vivem no local, considerado a menor terra indígena do país.

“Se o Marco Temporal for aprovado, a gente pode perder essas terras. Se perdemos, para onde eu vou levar meu povo? Para onde vou levar a minha comunidade? E as crianças, jovens e idosos?”, questiona o pajé Natalício Karaí de Souza, da aldeia Tekoa Pyau, no Jaraguá.​

Agência Mural

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