TCU vai analisar uso de avião da FAB para trazer Nadine Heredia

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai analisar o uso de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para trazer a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia Alarcón ao Brasil. O requerimento de auditoria foi feito pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que preside a CREDN (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional).

No requerimento, Barros pede que seja feita uma auditoria para entender a regularidade da utilização da aeronave e que o TCU detalhe se há precedentes em que cidadãos estrangeiros condenados em seus países de origem tenham sido transportados por aeronaves militares brasileiras para fins de asilo. O deputado quer saber se houve desvio de finalidade ou favorecimento político e ideológico por parte do governo brasileiro.

Formulário de cadastro

alertas grátis do Poder360

concordo com os termos da LGPD.

Inscreva-se

Inscreva-se

Outros 2 requerimentos foram aprovados pela comissão. Um deles foi do deputado federal Evair de Melo (PP-ES), que convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para explicar as razões pelas quais o governo concedeu o asilo e patrocinou o transporte de Heredia, do Peru para o Brasil.

A comissão aprovou na 4ª feira (23.abr.2025) a convocação de Vieira para explicar o asilo diplomático concedido a Heredia. “O parlamento e o povo brasileiro exigem explicações urgentes sobre as recentes ações e omissões do Itamaraty no caso que envolve o resgate de uma corrupta no Peru”, disse Filipe Barros.

O outro requerimento foi protocolado pelo deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), autor de uma Moção de Repúdio contra a decisão do governo brasileiro de conceder asilo à ex-primeira-dama do Peru.

Nadine Heredia pediu asilo ao Brasil logo depois de ser condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral de seu marido, Ollanta Humala. Ela estava na embaixada brasileira em Lima, no Peru, e chegou ao Brasil no dia 16 de abril de 2025 em avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

Nadine e Humala foram considerados culpados por lavagem de dinheiro e recebimento de fundos ilícitos da Odebrecht para a campanha do ex-presidente em 2011. Segundo a decisão, Nadine se envolveu no esquema de propina. O julgamento do casal durou 3 anos. Durante esse período, o ex-presidente do Peru manteve a tese de perseguição política.

O Poder360 questionou o Ministério das Relações Exteriores para saber se existe precedente para a utilização de um avião da FAB e qual foi a necessidade de Heredia ser transportada pela aeronave, mas ainda não obteve resposta. A reportagem será atualizada assim que houver uma manifestação.