Ouro e Ibovespa se destacam em março: ganhos de até 9,33% em meio à instabilidade global

Ouro (+9,33%) lidera ganho real de março, seguido por IBOV (+5,37%)

O mês de março de 2025 trouxe surpresas para o mercado financeiro, com performances contrastantes entre os ativos. De acordo com o Índice de Ganho Real do Grupo Studio (IGRGS), enquanto investimentos conservadores como Selic e CDI geraram ganhos modestos de 0,28%, o ouro se destacou com um impressionante retorno real de 9,33%, seguido pelo Ibovespa, que registrou uma alta de 5,37%. Em um cenário de incertezas globais, o desempenho do ouro reflete sua função tradicional como ativo de proteção em momentos de volatilidade.

Ouro e geopolítica: reflexos da instabilidade global

A busca por segurança dos investidores foi impulsionada pela intensificação das tensões geopolíticas e a retomada da guerra comercial, especialmente com a escalada das tarifas do governo dos Estados Unidos contra a China. Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, comenta: “Com guerra comercial e instabilidade global, o ouro se fortalece como ativo de proteção e símbolo de resiliência, refletindo a procura por segurança em um ambiente volátil.” As incertezas nos mercados de juros e o aumento da instabilidade comercial resultaram em uma busca por ativos mais seguros, e o ouro se consolidou como um dos principais beneficiados.

Desempenho do Bitcoin e poupança: alternativas de investimento

Embora o ouro tenha se destacado, o Bitcoin também foi afetado pelas incertezas, com uma queda de -6,13% em termos reais em março. Apesar da queda, o Bitcoin segue sendo uma alternativa interessante para investidores que buscam diversificação e proteção contra a volatilidade nos mercados tradicionais. A poupança, por sua vez, apresentou um desempenho modesto, com -0,07% de queda no ganho real no mês.

O impacto da selic e o planejamento estratégico

Em meio a um cenário de juros elevados, com a Selic projetada para 15% até o final de 2025, os investidores estão cada vez mais atentos a estratégias que combinem proteção contra perdas reais e aproveitamento das oportunidades em ativos menos convencionais. “Esses resultados reforçam a importância de um planejamento financeiro estratégico, que considere tanto a proteção contra perdas reais quanto as oportunidades em classes de ativos menos convencionais”, completa Monteiro.

Oportunidades em um mercado volátil

O mês de março consolidou o ouro como um ativo de resiliência, destacando-se diante da guerra comercial e incertezas globais. Enquanto isso, o Ibovespa se beneficia de um ambiente mais otimista no Brasil. Para os investidores, é essencial revisar estratégias de longo prazo e se adaptar ao cenário de altas taxas de juros e maior volatilidade. Investir com cautela e buscar diversificação continua sendo o caminho para mitigar riscos e aproveitar as oportunidades que surgem em momentos de instabilidade.

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