Trump critica Zelensky por rejeitar termos dos EUA para fim da guerra

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), voltou a criticar nesta 4ª feira (23.abr.2025) o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro). Na 3ª feira (22.abr), o ucraniano disse não reconhecer a ocupação da Crimeia pela Rússia por ser “contra a Constituição”. Segundo Trump, o território não é mais ponto de discussão, já que “foi perdido anos atrás”.

“Ninguém está pedindo a Zelensky que reconheça a Crimeia como território russo, mas, se ele quer a Crimeia, por que não lutaram por ela onze anos atrás, quando ela foi entregue à Rússia sem que um tiro fosse disparado?”, publicou o presidente norte-americano em uma rede social, em referência à invasão de 2014. Segundo o republicano, o objetivo dos Estados Unidos é impedir a “matança” na Ucrânia. Para ele, os países estavam “muito perto de um acordo”.

O vice-presidente dos EUA, J.D Vance, disse que os países envolvidos na guerra precisam concordar com as propostas de paz sugeridas pelos Estados Unidos, caso contrário, eles se afastarão das negociações. Apesar das críticas, o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que o governo ucraniano está comprometido em trabalhar com os norte-americanos em busca da paz.

A ideia dos EUA para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia envolve o reconhecimento da anexação da Crimeia pela Rússia, mas também demanda que as linhas territoriais sejam congeladas para realização de um acordo diplomático que “levará à paz de longo prazo”, disse Vance a jornalistas da Índia. Segundo fontes da Reuters, os planos dos EUA exigem mais esforços da Ucrânia do que da Rússia.

Em março, Trump e Zelensky discutiram ao vivo depois de o norte-americano pressionar o líder ucraniano a aceitar um cessar-fogo com a Rússia.

Nesta 4ª feira (23.abr), autoridades dos Estados Unidos, Ucrânia e países da Europa se reuniram em Londres a fim de negociar a paz e finalizar a guerra que já dura 3 anos. Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA (órgão equivalente ao Ministério de Relações Exteriores), cancelou a sua viagem para o encontro.

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