Até quanto posso receber de FGTS por 2 anos trabalhados?

Se você está se perguntando “trabalhei 2 anos, quanto vou receber de FGTS?”, saiba que essa é uma dúvida muito comum entre trabalhadores com carteira assinada.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito previsto para todo trabalhador contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e entender como esse benefício funciona pode fazer toda a diferença no seu planejamento financeiro.

Durante os dois anos de vínculo empregatício, o valor depositado pela empresa pode parecer pequeno mês a mês, mas, ao final desse período, a quantia acumulada pode ser bem significativa.

Neste artigo, vamos detalhar quanto você pode receber de FGTS após 2 anos de trabalho formal, como calcular e quais fatores podem influenciar no montante final. Confira a seguir!

O que entra no valor pago do FGTS?

Quando a dúvida é sobre o valor total do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), é fundamental entender que o saldo final do benefício não se resume apenas aos depósitos mensais feitos pelo empregador.

O principal componente do valor total é o depósito obrigatório de 8% do salário bruto que o empregador faz todos os meses na conta vinculada do FGTS.

Esse valor já representa uma quantia considerável ao longo de dois anos de trabalho com carteira assinada.

Por exemplo, se o salário é de R$ 2.000,00, o depósito mensal será de R$ 160,00. Em dois anos completos, isso totaliza R$ 3.840,00, sem considerar os rendimentos gerados.

Mas o saldo não para por aí. O valor depositado mensalmente é corrigido com base na Taxa Referencial (TR), que atualmente está próxima de zero, acrescida de juros de 3% ao ano.

Esses juros são aplicados sobre o valor já depositado e ajudam o montante a crescer com o tempo.

Outro ponto importante é o lucro do FGTS. Desde 2017, a Caixa Econômica Federal, responsável pela administração do Fundo, distribui anualmente uma parte dos lucros obtidos com a aplicação dos recursos do FGTS.

Esse lucro é depositado nas contas dos trabalhadores, tanto ativas quanto inativas, e também contribui para aumentar o saldo disponível.

Além disso, se o trabalhador for demitido sem justa causa, ainda tem direito à chamada multa rescisória de 40%, que corresponde a 40% sobre o total que foi depositado no FGTS ao longo do contrato.

Essa multa é paga diretamente pelo empregador no momento da rescisão e representa uma porção relevante do valor a ser recebido.

Confira: Calculadora Lucro do FGTS: cálculo online

Em resumo, o valor total do FGTS após dois anos inclui os depósitos mensais obrigatórios, os rendimentos aplicados ao saldo, os lucros distribuídos pela Caixa e, em casos de demissão sem justa causa, a multa de 40%.

Todos esses elementos somados resultam no montante final que pode ser sacado, tornando o FGTS uma reserva importante para momentos de necessidade.

Quanto é depositado mensalmente nas contas do FGTS?

O depósito mensal nas contas do FGTS corresponde a 8% do salário bruto do trabalhador, e muitas pessoas pensam que esse valor é retirado do salário, mas isso não é verdade.

Na prática, o valor é pago exclusivamente pelo empregador, como uma obrigação trabalhista prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Isso significa que, se você tem um salário bruto de R$ 2.500,00, o seu empregador deve depositar R$ 200,00 por mês (8% do valor) na sua conta do FGTS.

Leia também: Tipos de contrato de trabalho: quais são e para que servem?

Esse depósito é feito até o dia 20 de cada mês, referente ao salário do mês anterior, e é creditado em uma conta individual vinculada ao seu CPF, administrada pela Caixa Econômica Federal.

Importante destacar: esse valor não é descontado do que você recebe no final do mês. O salário líquido que cai na sua conta bancária continua intacto; o FGTS é um valor adicional pago pela empresa como forma de garantir uma reserva para o trabalhador.

Ao longo de dois anos de trabalho contínuo, esse valor vai se acumulando e, somado aos rendimentos aplicados (juros e correção monetária), pode representar uma quantia significativa para o trabalhador.

Por isso, é sempre bom acompanhar os depósitos por meio do aplicativo FGTS, garantindo que seu direito está sendo respeitado pelo empregador.

Trabalhei por 2 anos, quanto vou receber de FGTS na demissão?

Se você está pensando “trabalhei por 2 anos, quanto vou receber de FGTS na demissão?”, vamos exemplificar esse cálculo de forma simples e objetiva.

Para isso, vamos considerar um exemplo com um salário bruto mensal de R$ 1.800,00, que é uma faixa bastante comum entre trabalhadores CLT no Brasil.

Primeiro, lembramos que o depósito mensal do FGTS é de 8% sobre o salário bruto. Então, com um salário de R$ 1.800,00, o depósito mensal feito pela empresa será de:

R$ 1.800,00 x 8% = R$ 144,00 por mês

Se você trabalhou durante 24 meses (2 anos), o valor total depositado será:

R$ 144,00 x 24 meses = R$ 3.456,00

Mas esse não é o valor final. Sobre esse montante, há a aplicação de juros de 3% ao ano + correção pela TR (Taxa Referencial), o que gera rendimento ao longo do tempo.

Supondo um rendimento estimado em torno de 6% no período, temos aproximadamente:

R$ 3.456,00 + 6% ≈ R$ 3.663,00

E, se a demissão foi sem justa causa, entra na conta a multa de 40% sobre o valor depositado. Isso dá:

40% de R$ 3.663,00 = R$ 1.465,20

Portanto, o valor total que você poderá receber na rescisão com saque do FGTS será a soma do saldo + multa:

R$ 3.663,00 + R$ 1.465,20 = R$ 5.128,20

Esse valor pode variar conforme o tempo de serviço exato (em dias, não só meses), o rendimento real do FGTS no período, e eventuais ajustes no salário durante os dois anos.

Se quiser facilitar ainda mais o cálculo e ter uma estimativa mais precisa de acordo com sua remuneração e tempo de trabalho, você pode utilizar a calculadora de FGTS abaixo:

Calculadora FGTS

















Eventos Valores
Depósito mensal R$
Meses de contribuição
Depósito total R$
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Importante: Se o salário tiver mudado ao longo do tempo, realize o cálculo de cada período salarial separadamente e depois some os valores para melhorar a precisão.

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E quanto posso receber de multa do FGTS após 2 anos trabalhando?

A multa rescisória do FGTS é um dos valores mais importantes que o trabalhador recebe ao ser demitido sem justa causa, e muita gente não sabe exatamente como ela é calculada. 

Diferente do que muitos pensam, essa multa não é calculada sobre o salário, mas sim sobre o total que foi depositado na conta do FGTS ao longo do contrato de trabalho.

A legislação determina que, na demissão sem justa causa, o empregador deve pagar uma multa de 40% sobre o valor total depositado no FGTS durante o vínculo empregatício.

Esse valor é pago diretamente ao trabalhador e pode ser sacado com o saldo do FGTS. Vamos entender melhor com um exemplo prático.

Suponha que você tenha trabalhado por 2 anos com um salário bruto de R$ 2.000,00. O valor mensal depositado pelo empregador na sua conta do FGTS será:

R$ 2.000,00 x 8% = R$ 160 por mês

Em 24 meses (2 anos), o valor acumulado seria:

R$ 160,00 x 24 = R$ 3.840,00

Sem contar os juros e correções, que aumentariam esse valor, a multa de 40% será calculada sobre esses R$ 3.840,00:

R$ 3.840,00 x 40% = R$ 1.536,00

Ou seja, apenas de multa rescisória, você receberá R$ 1.536,00, além do saldo do FGTS acumulado.

Se houver rendimentos no Fundo ao longo desses dois anos, o valor total da multa será ainda maior, já que ela será calculada sobre o saldo atualizado da conta do FGTS, e não apenas sobre os depósitos iniciais.

Confira mais: Benefícios do trabalhador CLT: obrigatórios e opcionais

Isso significa que quanto mais tempo de trabalho e quanto maiores forem os depósitos mensais, maior será também o valor da multa de 40%.

Essa multa é uma proteção ao trabalhador, criada para garantir um apoio financeiro no momento da demissão e durante a busca por uma nova posição no mercado.

O que fazer se receber menos que o esperado?

Se você conferiu os valores e percebeu que recebeu menos do que esperava de FGTS após dois anos de trabalho, fique tranquilo, pois existem formas de verificar e, se necessário, contestar essa situação.

Muitas vezes, erros simples ou atrasos por parte do empregador podem explicar a diferença nos valores. No entanto, é essencial agir rápido e com base em informações corretas.

A primeira coisa a fazer é baixar e acessar o aplicativo FGTS no seu celular. Por lá, você pode consultar todos os depósitos feitos mensalmente, além dos rendimentos aplicados ao saldo e eventuais correções.

Se você identificar que algum mês está sem depósito ou com valor inferior ao esperado, esse já é um sinal de alerta.

Caso os valores realmente estejam incorretos ou incompletos, o segundo passo é entrar em contato com o RH ou o setor financeiro da empresa onde você trabalhou.

Muitas vezes, o problema é resolvido internamente com uma simples regularização dos depósitos atrasados ou ajustes no cálculo da multa rescisória.

Se, mesmo após o contato com a empresa, a situação não for resolvida, você pode buscar apoio diretamente na Caixa Econômica Federal, levando sua carteira de trabalho, o termo de rescisão contratual e demais documentos que comprovem o vínculo empregatício.

A Caixa pode abrir uma investigação para verificar se houve erro nos depósitos e orientar sobre os próximos passos.

Aprenda: Garantia do FGTS no Consignado privado: como funciona?

Se o empregador se recusar a fazer os depósitos ou corrigir a situação, a melhor alternativa é procurar o sindicato da sua categoria profissional ou recorrer à Justiça do Trabalho.

Você tem o direito de exigir o que foi acordado por lei, e nesses casos a empresa pode ser obrigada a pagar não apenas os valores devidos, mas também multas e correções adicionais.

Portanto, se você perceber que o valor do FGTS está abaixo do que deveria, não deixe passar batido. Verifique, questione e busque seus direitos.

O FGTS é uma conquista do trabalhador, e garantir que ele seja pago corretamente é essencial para sua segurança financeira.

É possível sacar o FGTS antes da demissão?

Sim, é possível sacar o FGTS antes de uma demissão, e essa é uma das dúvidas mais frequentes entre os trabalhadores CLT.

Embora o saque integral do saldo esteja normalmente atrelado à demissão sem justa causa, existem diversas situações previstas em lei em que o trabalhador pode ter acesso ao seu dinheiro do FGTS mesmo com o contrato de trabalho ativo.

Entre as principais situações que permitem o saque antecipado, estão:

  • Compra da casa própria
  • Doenças graves (trabalhador ou dependentes)
  • Aposentadoria
  • Casos de calamidade pública
  • Modalidade Saque-Aniversário

O Saque-Aniversário é uma forma de acesso ao FGTS criada para permitir que o trabalhador saque uma parte do saldo todos os anos, no mês de seu aniversário.

Diferente do modelo tradicional (Saque-Rescisão), ele não exige a demissão para liberação do valor, mas quem opta por essa modalidade não poderá sacar o saldo total do FGTS caso seja demitido; apenas a multa rescisória de 40%, se for o caso.

Além do Saque-Aniversário em si, existe uma solução ainda mais prática e vantajosa: a Antecipação saque-aniversário.

Essa é uma operação de crédito baseada no saldo do FGTS, onde você pode antecipar até 12 parcelas do que teria direito a receber nos próximos anos.

E aqui na meutudo, essa Antecipação pode ser feita totalmente online, sem filas ou burocracias desnecessárias, com contratação simples e rápida.

O processo é digital e seguro, acessível até mesmo para quem está negativado, já que a operação é garantida pelo saldo do FGTS.

Saiba mais: meutudo é confiável?

Outro ponto positivo é que o crédito não é descontado do seu salário, pois o desconto ocorre diretamente no saldo do Fundo, uma vez ao ano, na data de liberação do Saque-Aniversário.

O valor mínimo para contratação é a partir de R$ 50,00, e o dinheiro pode cair na sua conta entre 10 minutos e 24 horas úteis! Além disso, as taxas são acessíveis e você pode fazer tudo isso a qualquer hora e de qualquer lugar.

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Como vimos ao longo deste artigo, entender o valor que vai receber de FGTS envolve mais do que apenas multiplicar o valor mensal.

É preciso considerar os depósitos, os juros, os lucros, e até a multa rescisória, dependendo do tipo de desligamento.

Saber calcular e acompanhar seus direitos garante não só transparência, mas também segurança em momentos de transição no trabalho.

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