SP, RJ e MG nas são os Estados mais afetados pelo tarifaço

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os mais afetados pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Os dados são de estudo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Leia a íntegra da pesquisa (PDF – 265 kB), divulgada na 2ª feira (13.abr.2025).

São Paulo perderia mais: R$ 4 bilhões. Rio de Janeiro e Minas Gerais vêm na sequência, com perdas de R$ 1 bilhão cada um.

De acordo com a UFMG, o impacto total no Brasil seria de R$ 28,6 bilhões. Apesar de o estudo afirmar que a queda em alguns setores possa chegar a R$ 51 bilhões, como o industrial, em outros há previsão de alta. Seria o caso do agronegócio, que ganharia cerca de R$ 32 bilhões com as tarifas.

Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Maranhão seriam beneficiados.

A análise feita pelos pesquisadores considerou as movimentações de 7 a 11 de abril. Nesse tempo:

  • os EUA elevaram as tarifas de importação de produtos chineses para 145%;
  • a China impôs tarifas de 125% para produtos norte-americanos;
  • houve o aumento do imposto de importação de automóveis e aço para os EUA para 25%;
  • pausa de 90 dias das taxas de Trump para países que foram tarifados com taxas acima de 10% (exceto a China).

TARIFAS DE TRUMP

O líder norte-americano tem tomado diversas decisões e provocado idas e vindas em relação à sua política tarifária contra outros países. Essa situação causou incerteza nos mercados.

Trump havia determinado uma série de alíquotas para parceiros comerciais em 2 abril. Na 4ª feira (9.abr), decidiu limitar as taxas para 10%, valor mínimo da política protecionista –exceto para a China.

O republicano aliviou a carga para algumas nações, como Japão e os países da União Europeia. Entretanto, quem já tinha a taxação em 10% não teve mudança –é o caso do Brasil.

Para a China, o republicano aumentou a tarifa de 104% para 145%, sob a justificativa de que a nação asiática retaliou o governo norte-americano. Eis a cronologia:

  • 1º.fev.2025 – Trump aplica taxas de 10% à China;
  • 3.mar.2025 – EUA elevam tarifas à China a 20%;
  • 10.fev.2025 – país asiático aplica alíquotas de até 15% em alguns produtos;
  • 2.abr.2025 – Estados Unidos elevam a tarifa para 34%;
  • 4.abr.2025 – China responde com cobrança também de 34%;
  • 8.abr.2025 – Trump anuncia que elevará tarifa chinesa para 104%;
  • 9.abr.2025 – China retalia e aumenta para 84%;
  • 9.abr.2025 – Trump eleva para 125%;
  • 10.abr.2025 – Casa Branca esclarece que a taxação total contra a China é de 145%, porque os 125% se somam aos 20% aplicados em março;
  • 11.abr.2025 – país asiático também impõe 125%;
  • 11.abr.2025 – Trump anuncia isenção das taxas para telefones, computadores e chips.
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