Eleição interna do PT já tem 5 candidatos e 10 debates programados

O PT já tem 5 nomes na disputa pela presidência nacional do partido. O mais recente a entrar na lista foi o do deputado federal Rui Falcão, que lançou sua candidatura na 2ª feira (14.abr.2025), em um evento no centro de São Paulo, no qual recebeu apoio de dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

O número ainda pode mudar até o prazo de inscrição, em 19 de maio, com novos postulantes ou desistências. O 1º turno do PED (Processo de Eleição Direta), com votação dos 2,6 milhões de filiados, está marcado para 6 de julho. O 2º turno, se necessário, será em 20 de julho. Durante a campanha, o partido programou realização de ao menos 10 debates entre os candidatos em diversas regiões do Brasil. 

A eleição direta para presidente nacional do PT de 2025 é marcada por um racha na corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), ala majoritária da qual fazem parte o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu. 

O candidato oficial da CNB é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara. A corrente, porém, vive uma disputa pelo controle de secretarias internas do PT, especialmente nas áreas de finanças e comunicação, pelas quais circulam o grosso do dinheiro dos fundos partidário e eleitoral. 

Edinho Silva quer indicar nomes para essas áreas em caso de vitória. A dissidência da CNB, ligada a Gleisi Hoffmann, ex-presidente do partido e atual ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, pretende manter o controle sobre elas.

Eis os candidatos a presidente nacional do PT até agora:

  • Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff, da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), com apoio de Lula e José Dirceu.
  • Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), ex-deputado federal e ex-vice-presidente do PT, da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), que abriu dissidência dizendo querer manter o legado de Gleisi Hoffmann.
  • Rui Falcão, deputado federal e ex-presidente do PT, independente, com apoio do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e de correntes da esquerda do partido, como a DS (Democracia Socialista).
  • Romênio Pereira, dirigente do PT e atual secretário de Relações Internacionais do partido, da corrente Movimento PT, com apoio de dirigentes locais especialmente na região Norte do país.
  • Valter Pomar, militante do PT com presença constante na direção do partido, da corrente Articulação de Esquerda, alinhada a uma ala mais à esquerda.

O debate público do PT, por ora, gira em torno da relação do partido com o governo. Edinho Silva, favorito na disputa, é próximo de Lula e faz sinalizações abertas à coalizão do governo, incluindo partidos de centro-direita. Os adversários do ex-prefeito de Araraquara falam da necessidade de maior independência e protagonismo do partido.

Gleisi Hoffmann comandou o PT de julho de 2017 a março de 2025, quando deixou o cargo para virar ministra de Lula. Na presidência do partido, ela se destacou por declarações críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também petista. 

Desde que entrou no governo, Gleisi não se envolveu publicamente na disputa interna pela sua sucessão no PT, apesar de ser incensada por Quaquá. Atualmente, o partido é presidido interinamente pelo senador Humberto Costa (PE), alinhado à dissidência da CNB que resiste a Edinho Silva.

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