Comprei um Ovo de Páscoa Hot Wheels e ganhei uma volta ao passado

Comprei o Ovo de Páscoa Lacta Hot Wheels 2025 em uma tarde quente de abril, em meio ao caos dos corredores de um supermercado lotado. Crianças corriam de um lado para o outro, pais negociavam escolhas, e lá estava ele: envolto em papel azul vibrante, com o logo da Hot Wheels estampado como um farol de memórias. R$ 68 por 166g de chocolate. Não hesitei. Peguei com as duas mãos como se segurasse um pedaço da minha infância, e fui direto para o caixa, coração batendo mais pelo que ele prometia do que pelo doce em si.

Pontos Principais:

  • Ovo de Páscoa Lacta Hot Wheels custa R$ 68 e pesa 166g.
  • Brinde é o carrinho “Tubarão”, com boca móvel e adesivos.
  • Chocolate mantém o sabor tradicional da marca, sem surpresas.
  • A experiência despertou memórias da infância com carrinhos.
  • Apesar do preço alto, o valor emocional compensou a compra.

O caminho até em casa foi acompanhado de uma ansiedade silenciosa, daquelas que só quem já viveu a espera de abrir um presente entende. No banco do carro, o ovo descansava no colo como uma cápsula do tempo. Chegando em casa, fui direto para a sala. Sentei no chão, descalço, como fazia quando era pequeno. Era sábado, mas o tempo parecia outro. A brisa que vinha pela janela, o som distante da vizinhança, tudo contribuía para criar um ambiente quase mágico.

Mesmo com preço alto, não me arrependi. Aquela compra me deu uma pausa na vida adulta para reencontrar um pedaço puro do que fui um dia, entre o riso e o chão frio da sala.
Mesmo com preço alto, não me arrependi. Aquela compra me deu uma pausa na vida adulta para reencontrar um pedaço puro do que fui um dia, entre o riso e o chão frio da sala.

Segurei o ovo nas mãos e comecei a abrir com calma. O barulho da embalagem laminada se desfazendo ecoou na sala. Foi como acionar uma máquina do tempo. Aquele som — nítido, metálico, familiar — me transportou para as manhãs de domingo quando meus pais escondiam ovos pela casa e eu corria pelos cômodos, rindo, buscando, tropeçando nas próprias expectativas. O cheiro do chocolate invadiu o ambiente e me senti criança de novo, mesmo com a barba por fazer e contas sobre a mesa.

Dentro, o chocolate: generoso, ao leite, com a espessura de sempre. Mas o que me interessava mesmo era o brinde. E lá estava ele. Dentro dele, você encontra um carro Hot Wheels diferentão, o incrível “Tubarão”, que vai deixar a diversão ainda mais completa. Pequeno, leve, com design radical e a boca articulada, o carrinho já vinha com uma cartela de adesivos para personalizar. Na mesma hora, uma lembrança puxou outra, e outra, como peças de pista se encaixando na memória.

Peguei o carro Tubarão Hot Wheels, posicionei no chão da sala e empurrei com a mão direita. Ele deslizou em linha reta até bater no pé do sofá. O som das rodinhas girando me arrepiou. Porque era igualzinho àquele som da infância, quando a gente passava horas montando pistas imaginárias, usando vassouras como túneis e chinelos como obstáculos. Lembrei dos amigos da rua, das corridas na calçada, das discussões sobre qual carrinho era mais rápido. Era só um brinquedo, mas carregava todos esses momentos como um relicário ambulante.

O chocolate, confesso, não surpreendeu. Era o mesmo sabor doce e confiável da Lacta — bom, mas conhecido. Sem inovação, sem textura diferente, sem recheios especiais. Mas ali, naquela tarde, ele serviu como trilha sonora gustativa para a memória afetiva que já estava em curso. Cada mordida acompanhava uma lembrança, como se mastigar o chocolate ajudasse a digerir o passado com mais carinho.

Pensei no valor. Sessenta e oito reais por um ovo simples e um brinquedo que, isoladamente, talvez não custasse vinte. Mas não me arrependi. Porque naquele instante, o custo deixou de ser financeiro e virou emocional. Eu não comprei apenas um ovo de Páscoa. Comprei a chance de brincar de novo, de lembrar de onde vim, de sentir o chão frio da sala, de ouvir o silêncio carregado de histórias que só o coração reconhece.

No fim, não foi o sabor, nem o brinquedo que fez tudo valer a pena. Foi o reencontro comigo mesmo. A sensação de que, por alguns minutos, voltei a ser aquele menino de calça curta e olhos curiosos, feliz com tão pouco. E por mais que o chocolate tenha derretido rápido e o carrinho vá parar em alguma gaveta, a memória — essa sim — vai durar bem mais do que qualquer embalagem.

Fonte: Wikipedia, Mondelezinternational, Lojamondelez e GoogleShopping.

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