Expansão da NBA na Europa pode incluir franquias de US$ 500 mi

Os donos da NBA (National Basketball Association), principal liga de basquete dos Estados Unidos, devem votar ainda nesta semana um plano para lançar uma liga profissional de basquete na Europa, com objetivo de expandir a presença do esporte em todo o continente.

A proposta sugere a formação de uma liga com 8 a 10 franquias, apresentando um modelo “semiaberto” que permite a inclusão de até 4 equipes da EuroLeague, como o Real Madrid e o Olympiacos, para competir na nova liga da NBA no ano seguinte. As franquias, que poderiam estar situadas em cidades como Londres ou Paris, seriam comercializadas a partir de 500 milhões de dólares.

De acordo com uma fonte familiarizada com os planos, a NBA pretende vender as vagas permanentes das franquias para investidores externos, mantendo 50% da participação acionária. A outra metade seria detida pelos proprietários das franquias, uma estrutura de participação acionária semelhante à da WNBA (Women’s National Basketball Association), antes de captar capital externo em 2022.

A preferência é que essas franquias sejam adquiridas por entidades fora da liga, incluindo fundos soberanos de riqueza, capital privado, empresários ou clubes de basquete europeus já estabelecidos.

A votação sobre esta proposta ocorrerá durante as reuniões da liga em Nova York, também marcadas para esta semana.

A iniciativa é resultado de mais de um ano de discussões sobre como a NBA pode ampliar sua presença e negócios na Europa. A liga já gera algumas centenas de milhões de dólares anualmente no continente, com um interesse crescente pelo basquete e um número crescente de jogadores talentosos emergindo da região. Estima-se que o sistema de basquete na Europa e no Oriente Médio possa gerar até US$ 3 bilhões em receita anual.

A NBA tem se expandido internacionalmente há 4 décadas, com destaque para a expansão na China e o lançamento da BAL (Basketball Africa League) em 2021, em parceria com a FIBA. A liga já realizou 40 jogos da temporada regular fora dos EUA e Canadá desde os anos 1990, incluindo partidas na Europa desde 2011.


Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Janaína Cunha sob supervisão da editora Thaís Ferraz.

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