Presidente do PT diz que Bolsonaro é líder de organização criminosa

O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), disse nesta 4ª feira (26.mar.2025) que a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu é “o começo de um processo de justiça e reparação”.

“É um momento ímpar na nossa História, o de processar e julgar, dentro da Constituição, aqueles responsáveis por atentarem contra o Estado democrático de Direito”, disse Costa em nota publicada na página do PT na rede social X.

O senador disse que o dia é “histórico” e chamou Bolsonaro de “líder da organização criminosa armada”. Leia a íntegra da nota:

“Dia histórico! O Brasil começou hoje um processo de justiça e reparação: colocou no banco dos réus Bolsonaro e outros sete de seus asseclas golpistas. Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu a denúncia da PGR e abriu ação penal em face do inelegível, líder da organização criminosa armada, e seus aliados por tentativa de golpe de estado e crimes correlatos. É um momento ímpar na nossa História, o de processar e julgar, dentro da Constituição, aqueles responsáveis por atentarem contra o Estado democrático de Direito.”

A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu nesta 4ª feira (26.mar.2025), por unanimidade, a denúncia contra Bolsonaro e outras 7 pessoas por uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Com isso, o ex-presidente e aliados se tornam réus, e a Corte dá início a uma ação penal que pode resultar na condenação dos acusados a até 43 anos de prisão.

O colegiado, formado por 5 ministros, analisa desde a 3ª feira (25.mar) a 1ª parte da denúncia feita pela PGR (Procuradoria Geral da República) em fevereiro contra 34 pessoas. Com a decisão, os ministros entenderam que há indícios de crime fortes o suficiente para iniciar uma ação penal.

No julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, afirmou que a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) apresenta provas “satisfatórias” e indícios suficientes do envolvimento de cada um dos acusados para dar início a uma ação penal.

PRÓXIMOS PASSOS

Se a denúncia for aceita, dá-se início a uma ação penal. Nessa fase do processo, o Supremo terá de ouvir as testemunhas indicadas pelas defesas de todos os réus e conduzir a sua própria investigação. Terminadas as diligências, a Corte abre vista para as alegações finais, quando deverá pedir que a PGR se manifeste pela absolvição ou condenação dos acusados.

O processo será repetido para cada grupo denunciado pelo PGR, que já tem as datas marcadas para serem analisadas. São elas:

  • núcleo de operações – 8 e 9 de abril;
  • núcleo de gerência – 29 e 30 de abril; e
  • núcleo de desinformação – aguardando Zanin marcar a data.
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