Eventos climáticos deslocaram mais de 800 mil pessoas em 2024

A WMO (sigla em inglês para a Organização Meteorológica Mundial) informou na 4ª feira (19.mar.2025) que mais de 800 mil pessoas foram deslocadas de suas casas em 2024.

O relatório anual da organização registrou 151 eventos climáticos extremos ao longo do ano. Trata-se do maior número desde 2008. Tais eventos incluem inundações, ondas de calor e furacões superpotentes.

O Japão, por exemplo, enfrentou ondas de calor severas, assim como a Austrália, o Irã e o Mali –o ano de 2024 foi o mais quente já registrado, ficando 1,6ºC acima dos níveis pré-industriais.

A Itália sofreu com chuvas recordes que causaram inundações e deslizamentos de terra. No Senegal, milhares de casas foram destruídas por torrentes. Houve inundações relevantes no Paquistão e no Brasil. Já as Filipinas foram atingidas por seis tufões em menos de 1 mês, um recorde. Furacões atingiram os EUA e o Vietnã.

A WMO enfatiza a necessidade de fortalecer sistemas de alerta precoce e serviços climáticos para aumentar a resiliência a eventos climáticos extremos. “Apenas metade de todos os países possui sistemas de alerta precoce adequados –isso deve mudar”, declarou a secretária-geral da WMO, Celeste Saulo. Ela ressaltou a importância do investimento em serviços de clima, água e meteorologia.

O relatório critica a postura do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à ciência climática, incluindo a demissão de 1.300 funcionários da NOAA (sigla em inglês para a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA). Especialistas apontam que cada dólar investido em resiliência climática economiza US$ 13 em danos e custos de limpeza.

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