Lula envia proposta para isenção de IR até R$ 5 mil; entenda os impactos

O Governo Federal envia hoje (18) ao Congresso Nacional o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês.

Caso aprovada ainda em 2025, a mudança entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, beneficiando milhões de trabalhadores que hoje têm desconto na folha. 

Confira o que pode mudar e os impactos da proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil!

Quem será beneficiado com a nova isenção do IR?

Se aprovada, a medida isenta totalmente do Imposto de Renda (IR) de quem recebe até R$ 5 mil mensais e reduz a carga tributária para aqueles com rendimentos de até R$ 7,5 mil.

Atualmente, a faixa de isenção do IR é de R$ 2.259,00, mas com o desconto simplificado do governo, na prática, o limite sobe para R$ 2.824,00.

Com a nova regra, cerca de 32 milhões de contribuintes ficariam isentos do Imposto de Renda, representando 79% do total de declarantes, segundo estimativas.

Entenda: Como fazer a Declaração de isenção de Imposto de Renda

Como será compensada a perda de arrecadação?

O Governo Federal estima que a ampliação da isenção do IR gerará uma perda de arrecadação de R$ 27 bilhões para 2026, que será compensada com nova taxação dos mais ricos.

A proposta inclui um imposto mínimo para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês, com alíquota de até 10% sobre todas as fontes de renda, incluindo investimentos.

  • Renda acima de R$ 50 mil mensais: aumento na alíquota do IR
  • Renda acima de R$ 84 mil mensais: carga tributária de até 10%

Além disso, o governo espera que a medida gere um aumento no consumo e na atividade econômica, reduzindo os impactos negativos no orçamento público.

Saiba mais: Como declarar Imposto de Renda

Possíveis impactos da mudança no IR

Economistas apontam que a isenção para salários de até R$ 5 mil pode introduzir dinheiro na economia, impulsionando o consumo e impactando a inflação e os juros.

Se houver um aumento da demanda, o Banco Central pode enfrentar desafios para reduzir a taxa básica de juros (SELIC) em 2026, como previsto pelo mercado.

A medida também gera debates sobre equilíbrio fiscal, já que a ampliação da isenção pode piorar o desequilíbrio orçamentário caso a taxação dos mais ricos não seja aprovada.

Saiba também: Quais medicamentos podem ser deduzidos do Imposto de Renda?

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