Dólar sobe, após oscilar, de olho em tarifas de Trump, China e Focus

No câmbio, o dólar à vista está instável na manhã desta segunda-feira, 10, mas subia por volta das 9h50, quando renovou a máxima intradia, a R$ 5,8142 (+0,41%). Apesar dos receios com tarifas dos EUA, as novas promessas do governo da China de adotar estímulos à economia interna, após dados de inflação ao consumidor no país abaixo das previsões do mercado, podem estar ajudando a amenizar os ajustes cambiais. A divisa americana exibia alta leve, após cair e registrar mínima intradia a R$ 5,7862 (-0,08%). O Ibovespa futuro caía, se afastando do patamar dos 126 mil pontos.

Lá fora o dólar recua ante moedas principais e adota sinais divergentes frente divisas emergentes ligadas a commodities. Os rendimentos dos Treasuries cedem, devolvendo boa parte do aumento registrado na sexta-feira, 7, enquanto investidores monitoram a guerra comercial deflagrada pelo governo americano. A redução da expectativa de inflação suavizada para os próximos 12 meses também colabora para a redução das taxas de DI.

Ainda, o dólar e as taxas futuras podem estar ecoando a percepção de desaceleração econômica brasileira fortalecida na sexta-feira pelo Produto Interno Bruto (PIB) abaixo das estimativas e o déficit da balança comercial em fevereiro, que também contrariou as previsões. Em tese, uma atividade mais fraca poderia exigir menos altas da Selic. Para a semana, o mercado aguarda o IPCA na quarta e novos indicadores de inflação nos Estados Unidos.

“Há crescente temor de que as medidas tarifárias contribuam para um quadro recessivo nos EUA, com dados mais fracos na margem alimentando tal receio”, afirma o economista-sênior e sócio da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

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