Alckmin terá reunião com secretário dos EUA sobre tarifas em março

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), deve se encontrar com um representante do governo dos Estados Unidos para debater as políticas tarifárias do país. O compromisso DVE em março. 

A reunião com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, seria inicialmente na 6ª feira (28.fev.2025). No entanto, o encontro foi adiado. Ainda não há uma nova data específica.

O governo dos EUA aplicou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México e elevou de 10% para 20% as taxas sobre importações da China.

Os países afetados já anunciaram medidas de retaliação:

  • Canadá – o primeiro-ministro Justin Trudeau (Liberal, centro-esquerda) impôs tarifas recíprocas de 25%;
  • México – a presidente Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda) disse que irá apresentar as medidas no domingo (9.mar);
  • China anunciou tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos.

Apesar das decisões, o governo dos EUA sinalizou que pode fazer novos acordos com México e Canadá para aliviar a incidência.

O Brasil ainda não foi afetado por uma medida voltada unicamente para o país. Apesar disso, é mencionado com certa frequência pela administração Trump. 

Um relatório enviado pelo republicano ao Congresso estadunidense diz que o governo brasileiro tinha uma tarifa consolidada de 31,4% e aplicava uma tarifa média de 11,2% sobre importações em 2023, enquanto as dos EUA eram de 3,4% e 3,3%, respectivamente.

Como mostrou o Poder360, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) monitora a situação. Entretanto, ainda não há um plano definido para uma eventual tarifa específica para o país.

As Relações Exteriores brasileiras também avaliam qual seria a magnitude de uma possível medida criada por Trump. Quaisquer que sejam os rumos, haverá impacto nos principais indicadores de mercado.

Trump defende a taxação de outros países desde a sua campanha eleitoral, em 2024. Usa o argumento central de falta de segurança nas fronteiras e menciona o fluxo da droga fentanil em solo norte-americano.

As medidas até aqui trazem atritos com os 3 maiores parceiros comerciais dos EUA. Também têm potencial de impactar os preços para os consumidores norte-americanos, o que afetaria os índices de inflação do país.


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