Operação Patrola: cidades afetadas por esquema de corrupção receberão R$ 6,7 milhões em SC e RS

A Justiça autorizou a devolução de R$ 6,7 milhões aos cofres públicos de municípios lesados pelo esquema de corrupção na operação Patrola. Ao todo, 180 prefeituras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberão os valores atualizados.

Operação Patrola começou em 2016 em Santa Catarina e no RS

A Justiça autorizou devolução de R$ 6,7 milhões a municípios lesados por corrupção, que foi investigada na Operação Patrola – Foto: Pixabay/ND

Conforme o juízo da comarca de Tangará, no Meio-Oeste de SC, mais de R$ 2 milhões já foram depositados nas contas indicadas pelas cidades abrangidas.

Na movimentação mais recente da operação, o juiz autorizou o uso do dinheiro depositado no processo, conforme decidido nas colaborações premiadas, retornassem às contas municipais de forma integral e com as devidas correções monetárias e juros.

Conforme o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), entre os municípios que serão ressarcidos, 92 são de Santa Catarina e 88 do Rio Grande do Sul.

Os valores variam entre R$ 2.380,46, para Augusto Pestana, no Rio Grande do Sul, e R$ 231.237,74 para Tangará, em Santa Catarina.

Relembre a Operação Patrola

A Operação Patrola foi desencadeada em fevereiro de 2016 e apura crimes de organização criminosa, fraude em licitações e crimes contra a administração pública.

Na primeira fase da operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. Na segunda, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária, 25 de busca e apreensão e três de condução coercitiva em municípios da Serra, Meio-Oeste, Oeste e Extremo Oeste Catarinense.

A ação desvendou um esquema de corrupção na venda de máquinas pesadas em municípios catarinenses e gaúchos com superfaturamento, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva.

Conforme as inúmeras sentenças, o esquema criminoso era relativamente simples, mas extremamente eficiente, e se repetiu em diversas partes dos dois estados.

Segundo o TJSC, as negociações eram feitas quase que totalmente de maneira pessoal e o dinheiro era entregue em espécie para evitar o rastreamento das autoridades competentes.

Os réus dos processos eram empresários, ex-prefeitos, secretários, agentes públicos vendedores.

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